À primeira vista podem parecer azulejos coloridos que foram desmontados, mas não são. Na verdade, trata-se de um teste de QI para crianças desenvolvido há mais de 100 anos nos Estados Unidos da América.
Na coluna “Can you Solve it” do The Guardian, Alex Bellos explica como funciona: em cada um dos puzzles há um quadrado com um padrão no topo. O desafio é descobrir como criar o padrão através da sobreposição dos estêncis e blocos de cor disponíveis. O resultado de cada padrão pode ter mais do que uma sequência.
Antes de começar, é importante saber que não é tão simples quanto parece, e que as respostas impulsivas não vão ajudá-lo. Dos seis exercícios feitos, o Observador acertou em apenas um, o número 5. De acordo com o The Guardian, cerca de 90% das pessoas (incluindo adultos) erram logo no primeiro exercício, independentemente do seu QI.
São seis exercícios da aplicação Stenciletto e estão dispostos por ordem crescente de dificuldade. Algumas das perguntas têm mais do que uma resposta correta.
Solução: KBD
Se também errou, não se preocupe. Segundo o jornal britânico, a maioria das pessoas diz que a resposta é KED — assim como o Observador — porque não verificam o tamanho da cruz na imagem.
Solução: BCFD/BFCD
Solução: GICJDK
Solução: HFIBEL
Solução: JILBFKD, JLIBFKD, JILBKFD, JLIBKFD
Solução: KJEGCA
Mas de onde surgiu este exercício? O Stencil Design Test foi criado nos anos 1920 por Grace Arthur, uma psicóloga norte-americana, em consequência da falta de testes inclusivos. Na época, os testes de QI baseavam-se apenas em respostas verbais, acabando por discriminar pessoas surdas ou de origens culturais diferentes.
Utilizado até aos anos 50, o teste encontra-se atualmente conservado em museus de instrumentos científicos e em adaptações para aplicações móveis. A Stenciletto foi desenvolvida por Jane Braybrook para o seu filho portador de deficiência. A mãe utiliza a aplicação para ajudar a criança no desenvolvimento cognitivo.
De acordo com o The Guardian, 85 a 100% das pessoas a quem Jane propôs o desafio — desde amigos e familiares a utilizadores das redes sociais — erraram.