As famílias portuguesas arrendatárias revelaram mais dificuldades para suportar os custos das rendas, sendo que um terço foram obrigadas a gastar mais de 40% dos seus rendimentos com a renda da casa. Por outro lado, apenas 1,4% dos agregados familiares com habitação própria tem a mesma sobrecarga financeira, noticia esta terça-feira o jornal Público, com base nos dados da Eurostat.

Os números da agência de estatística da União Europeia revela que em 2022, 29,4% dos inquilinos portugueses gastaram mais de 40% do rendimento disponível com custos com a habitação onde se incluem para além da renda,  despesas com serviços básicos e manutenção das casas. Esta percentagem tem vindo a subir desde 2021 — por exemplo, em 2017, era de 17,8.

O mesmo não se pode dizer em relação às famílias que possuem uma casa própria e que nela vivem. Apenas 1,4% gastam igualmente  40% dos rendimentos disponíveis.

Finanças vão mudar lei do apoio às rendas para clarificar rendimentos a considerar

Portugal está entre os países europeus onde os arrendatários fazem um maior esforço para pagar a casa. Tanto no caso de sobrecarga financeira (em que a renda pesa mais de 40%) como em situação de sobrecarga extrema (renda implica despesa de mais de 50% dos rendimentos) o país ultrapassa a média da União Europeia (UE).

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR