A secretária do Tesouro dos Estados Unidos desloca-se à China de quinta-feira a domingo para se encontrar com responsáveis chineses, anunciou o Departamento do Tesouro norte-americano.
Durante a estada em Pequim, Janet Yellen vai manter conversações com membros do Governo chinês “sobre a importância de [os dois] países, enquanto maiores economias do mundo, gerirem as relações de forma responsável“, indicou, no domingo, o Departamento do Tesouro dos EUA.
Yellen pretende também sublinhar a necessidade de “comunicar diretamente sobre questões de interesse e trabalhar para enfrentar os desafios globais”.
“Não esperamos que esta viagem traga quaisquer avanços significativos” no relacionamento bilateral, disse um responsável do Departamento do Tesouro.
“No entanto, esperamos ter discussões construtivas e estabelecer canais de comunicação a longo prazo” com a China, acrescentou.
“Durante esta viagem, queremos aprofundar e reforçar a frequência da comunicação entre os nossos países e estabilizar as relações, para evitar mal-entendidos e expandir a nossa colaboração sempre que possível”, referiu.
As relações diplomáticas e económicas entre os dois países têm vindo a deteriorar-se gradualmente desde a administração do ex-Presidente norte-americano Donald Trump.
Blinken não vê saída para tensões com a China no curto ou médio prazo
Em novembro, o Presidente dos EUA, Joe Biden, encontrou-se pessoalmente e pela primeira vez com o chefe de Estado da China, Xi Jinping, numa tentativa de aliviar as tensões.
Em meados de junho, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, deslocou-se a Pequim e foi recebido por Xi Jinping, num gesto interpretado como um passo em frente no relacionamento entre os dois países.
No entanto, numa reunião de campanha na Califórnia, no final de junho, Biden descreveu Xi como “um ditador”, comentários que Pequim considerou “uma provocação”.
No ano passado, a administração Biden impôs restrições à exportação de semicondutores e componentes tecnológicos norte-americanos para a China.
Antes disso, tinha mantido em vigor as tarifas impostas por Donald Trump sobre centenas de milhares de milhões de dólares de produtos exportados pela China para os EUA.