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O Presidente dos Estados, Joe Biden, que voou este domingo para o Reino Unido antes da cimeira da NATO em Vilnius na terça-feira durante a qual Kiev espera avanços nas suas aspirações de integrar a Aliança Atlântica. foi, no entanto, inflexível sobre o assunto.
“Não acho que a Ucrânia esteja pronta para fazer parte da NATO”, afirmou em entrevista ao canal americano CNN, destacando ainda que não há unanimidade entre os aliados sobre as perspetivas de incluir Kiev “em plena guerra”.
“Estaríamos em guerra com a Rússia se fosse esse o caso”, alertou, apesar do seu anúncio na semana passada do envio de munições de fragmentação para suprir a falta de munições de Kiev.
O que são as bombas de fragmentação que os EUA vão fornecer à Ucrânia? E porque são tão polémicas?
Já o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou este domingo esperar “o melhor resultado possível” da cimeira da NATO.
Esta cimeira terá lugar pouco mais de um mês após o início de uma contraofensiva das forças ucranianas na frente de combate, que até agora conseguiram ganhos modestos face às fortes linhas defensivas russas e à falta de força aérea e munições de artilharia.
Depois de receber o Presidente polaco, Andrzej Duda, em Lutsk, no oeste da Ucrânia, Zelensky disse que os dois líderes concordaram em “trabalhar juntos para alcançar o melhor resultado possível” para Kiev na cimeira marcada para 11 e 12 de julho na capital da Lituânia.
“Juntos somos mais fortes”, afirmou o Presidente polaco, um dos principais apoiantes de Kiev na NATO.
A Ucrânia deve receber na cimeira de Vilnius garantias de apoio do Ocidente face à agressão russa, mas a adesão de Kiev à Aliança é um processo ainda em aberto.
Tanto Zelensky como o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, têm consciência de que essa perspetiva é inviável antes do fim da guerra com a Rússia, embora o líder ucraniano espere um sinal político dos países-membros que dê os primeiros passos no sentido da integração.
O apoio à Ucrânia no processo de adesão à NATO, já a partir de Vílnius, já mereceu vários apoios de estados-membros, incluindo Portugal, e, no sábado, foi recebida com alguma surpresa o encorajamento nesse sentido do Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, que mantém relações próximas coma Rússia e tem servido vários papéis de mediação no conflito ucraniano, um dos assuntos em discussão este domingo numa conversa telefónica entre os chefes das diplomacias russa, Sergei Lavrov, e turca, Hakan Fidan.