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Esta quarta-feira fica marcada pelo final da cimeira da NATO. Em Vilnius, capital da Lituânia, o Presidente ucraniano sai de cena com uma “meia-vitória”: a aliança não endereçou o tão ambicionado convite formal para a adesão da Ucrânia, mas os países da NATO conseguiram ainda assim aproximar-se de Kiev e dar alguns passos concretos.
Em particular, o secretário-geral da NATO anunciou a aprovação de um novo pacote de três partes para “aproximar a Ucrânia à NATO”. O pacote prevê “um programa múltiplo de assistência prática, a criação de um novo conselho NATO — Ucrânia e a reafirmação de que a Ucrânia se tornará membro da NATO (…) eliminando a exigência de um plano de ação para a adesão”. Jens Stoltenberg deixou ainda a garantia de que a vontade de ter a Ucrânia na aliança militar é real e que uma eventual adesão não será usada como moeda de troca em eventuais negociações de paz com a Rússia.
Volodymyr Zelensky admitiu, por sua vez, que este não foi o resultado “ideal” — esse teria sido o convite formal. No entanto, o Chefe de Estado mostrou compreensão para com o facto de uma adesão ser impossível enquanto decorre a guerra e elogiou os membros da NATO que, diz, “mostraram ter confiança e fé na Ucrânia como membro total”.
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Eis um resumo dos outros acontecimentos que marcam o 504.º dia da invasão:
O que se passou durante a noite?
- 18 pessoas, entre as quais 6 crianças, ficaram feridas num ataque russo no sul da região de Zaporíjia, denunciou o governador local.
- Um importante general russo foi morto durante o ataque ucraniano de segunda-feira a um hotel convertido em quartel militar na cidade de Berdiansk, confirmaram fontes oficiais russas e ucranianas.
- Ao final da noite, as sirenes de alarme soaram por toda a Ucrânia após a Rússia ter lançado mísseis Kalibr e vários drones.
- O governo alemão voltou atrás na proposta para construir um centro de reparação de tanques Leopard na Polónia, numa decisão que irá afetar a capacidade da Ucrânia reparar estes veículos de combate.
- A Rússia estará a planear expor uma série de equipamentos da NATO destruídos no decurso da guerra em frente às embaixadas dos países que os forneceram.
- Várias empresas associadas com o líder do grupo Wagner terão celebrado contratos de milhões com o Estado russo já depois da insurreição do grupo mercenário.
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O que se passou durante a tarde?
- No discurso final de Joe Biden em Vilnius antes do regresso a Washington, o Presidente dos EUA afirmou que o conflito só serviu para aproximar a NATO e que Putin “pensou mal” ao apostar que a aliança se ia dividir.
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- António Costa resumiu de forma positiva os resultados da cimeira de Vilnius, considerando que a adesão da Suécia à NATO e a aproximação da Ucrânia são uma “enorme derrota geoestratégica” para Vladimir Putin.
- A porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, acusou a comunidade internacional de “dar mais importância a matar do que a proteger”, referindo-se à declaração do secretário-geral da NATO que salientou a importância de fornecer armas à Ucrânia.
- O ministro da Defesa do Reino Unido, Ben Wallace, aconselhou Volodymyr Zelensky a mostrar mais “gratidão”, não tratando os aliados como se fossem a Amazon no que diz respeito ao fornecimento de armas.
- O porta-voz do Kremlin negou as afirmações do lado ucraniano de que o grupo Wagner tentou obter armas nucleares durante a rebelião armada de 24 de junho.
- O Ministério da Defesa russo anunciou hoje que recebeu do grupo paramilitar Wagner mais de 2.000 equipamentos militares, 2.500 toneladas de munições e 20.000 armas pequenas, graças ao acordo alcançado após a sua rebelião abortada em junho.
- O Presidente da Turquia afirmou que o processo de adesão da Suécia à NATO ainda vai demorar a ser concluído e que a sua aprovação pelo parlamento turco só deverá acontecer no outono.
- O general Sergei Surovikin, responsável pelas tropas russas na Ucrânia de outubro de 2022 a janeiro de 2023 e que já não é visto em público desde a rebelião do grupo Wagner, está a “descansar”, informou o chefe do Comité de Defesa na Duma.
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O que se passou durante a manhã?
- Moscovo lançou esta madrugada uma nova vaga de ataques com drones “kamikaze” na região de Kiev, ataques que acontecem pelo segundo dia consecutivo.
As forças armadas ucranianas dizem estar a fazer “alguns progressos” na zona de Bakhmut (Donetsk), no contexto da contraofensiva que se iniciou há várias semanas.
- Sobre o envio de bombas de fragmentação, Volodymyr Zelensky disse tratar-se de uma questão de “justiça”, uma vez que a Rússia usa regularmente este armamento, e garantiu que a Ucrânia só as irá usar contra alvos militares.
- Os países do G7 anunciaram esta quarta-feira um “enquadramento internacional para acordos de segurança a longo prazo” para a Ucrânia.
- O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dmitri Medvedev, afirmou na terça-feira que “a ‘Terceira Guerra Mundial’ está cada vez mais perto” referindo-se ao aumento da ajuda militar dos países da NATO à Ucrânia.
- No mesmo sentido, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ameaçou que as garantias de segurança à Ucrânia podem ser “muito perigosas” para o Ocidente.
- O bilionário russo Roman Abramovich vai contestar as sanções impostas pela União Europeia, na sequência da guerra com a Ucrânia.
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