“Pai, amigo, relações públicas, gestor, fundador” e a ‘cara’ do premiado restaurante Fialho, localizado em Évora. Amor Fialho, que é descrito como um “senhor que dedicou a sua vida à gastronomia portuguesa”, morreu este sábado aos 89 anos.

Foi através das redes sociais que o restaurante Fialho comunicou “com imensa tristeza” a morte de Amor, um defensor “da gastronomia alentejana, que serviu e serve de inspiração às novas gerações”, que agora se “despede do palco da vida e vai ao encontro dos amados familiares que já cá não estão”. É o caso do pai, Manuel, que fundou o receituário alentejano e dos seus dois irmãos, Gabriel e Manuel.

Fundado em 1945 por Manuel Fialho, o referenciado restaurante de Évora começou a ganhar fama já sob o comando de Gabriel (que orientava os fogões), Amor (na copa e responsável pela sala) e Manuel (que o jornal Expresso descrevia em 2022 como o maior talento gastronómico da família). O trio “era a equipa perfeita”, considerou Rui Fialho, filho de Amor que assumiu a gerência do estabelecimento em conjunto com a prima Helena.

Na página do Fialho, que venceu vários prémios gastronómicos ao longo dos anos incluindo o Garfo de Ouro e o Garfo de Prata, lê-se que Manuel Fialho não imaginava que o restaurante que fundou “alcançasse notoriedade internacional e fosse eleito por figuras ilustres”, como a atriz americana Jane Russell, o antigo primeiro-ministro britânico Tony Blair ou o antigo Presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso.

As cerimónias fúnebres de Amor Fialho acontecem em Évora, com o velório a realizar-se este sábado pelas 18h na Igreja de São Tiago e o funeral a ter lugar no Cemitério dos Remédios este domingo pelas 14h.

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