A jovem ativista Greta Thunberg, de 20 anos, foi considerada culpada de desobedecer às autoridades suecas quando, no mês passado, lhe foi pedido que abandonasse um protesto climático na cidade de Malmo, no sul da Suécia. Em consequência, foi condenada a pagar uma multa no valor de cerca de 216,69 euros, avançou a Reuters.

Greta Thunberg volta a ser detida em protesto climático na Suécia

Em tribunal, a ativista sueca admitiu ter desobedecido à ordem policial, no entanto, afirma ser inocente e ter agido por necessidade. “As minhas ações foram justificáveis”, disse, citada pelo jornal local Sydsvenskan.

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“Acredito que estamos numa situação de emergência que ameaça a vida, a saúde e a propriedade. Inúmeras pessoas e comunidades estão em risco, tanto a curto como a longo prazo”, defendeu, acrescentando: “É absurdo que aqueles que agem de acordo com a ciência paguem o preço por isso.”

O valor a pagar teve como base os rendimentos Greta Thunberg, traduzindo-se em 1.500 coroas suecas (cerca de 130 euros) de multa, mais 1.000 (cerca de 86,69 euros) para o fundo das vítimas de crimes. Na Suécia, a desobediência a uma ordem policial pode levar a uma pena máxima de seis meses de prisão.

A 19 de junho, Greta e outros ativistas do grupo Ta Tillbaka Framtiden (em português, Recuperar o Futuro) foram detidos depois de terem organizado um protesto no qual bloquearam a estrada para camiões de petróleo no porto de Malmo. A jovem sueca foi acusada de não ter abandonado o local quando a polícia a ordenou a fazê-lo. O grupo defende que os protestos são pacíficos.

O protesto teve lugar 10 dias depois de Greta Thunberg ter terminado o ensino secundário, a 9 de junho, e consequentemente a greve escolar que, nos últimos cinco anos, acontecia todas as sextas-feiras. Na época, a jovem afirmou que, apesar de se fechar um ciclo, iria continuar a protestar às sextas-feiras e a lutar por aquilo em que acredita.

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