Vincenzo La Porta andava a fugir às autoridades italianas há mais de 10 anos. Foi por fim detido esta sexta-feira depois de a paixão pelo futebol o ter denunciado: em maio foi fotografado a comemorar a vitória histórica do Nápoles na ilha de Corfu, na Grécia.
O italiano de 60 anos, um dos fugitivos mais perigosos e procurados de Itália, foi condenado a 14 anos de prisão por associação criminosa, evasão fiscal e fraude. Segundo a BBC, acredita-se que esteja ligado ao grupo de crime organizado Camorra, a máfia de Nápoles.
Os investigadores conseguiram localizá-lo através da fotografia tirada depois de o Nápoles ter vencido pela primeira vez em 33 anos o campeonato italiano. Nas imagens, La Porta surge numa varanda a festejar junto de outros adeptos e a agitar os cachecóis e bandeiras do clube.
????"Galeotto" fu lo scudetto del #Napoli. Arrestato a #Corfù Vincenzo La Porta, latitante da 11 anni, tra i più pericolosi della lista del ministero dell'Interno e affiliato del clan Contini. I carabinieri lo hanno riconosciuto in una foto mentre festeggiava. Deve scontare 14 anni pic.twitter.com/8h7rv4iZu7
— Rai Radio1 (@Radio1Rai) August 5, 2023
Apesar de estar a usar um boné, as autoridades estavam convencidas de que o homem na fotografia era La Porta. Junto dos colegas gregos, a polícia italiana iniciou as buscas, seguiu de perto todos os movimentos financeiros e partilhas online de La Porta e conseguiu detê-lo na ilha de Corfu, perto do restaurante onde trabalha como cozinheiro.
“O que o traiu foi a sua paixão pelo futebol e pelo Nápoles”, afirmou a polícia italiana em comunicado, citada pela BBC. “Com a vitória no campeonato, La Porta não resistiu a comemorar”, acrescentou.
Mafioso mais procurado de Itália detido após 30 anos de fuga
Vincenzo La Porta está preso desde sexta-feira na Grécia enquanto aguarda extradição para Itália. Se for extraditado, deverá cumprir uma pena de prisão de 14 anos e quatro meses.
Segundo o advogado, La Porta construiu uma família na Grécia: “Tem um filhos de nove anos e está a trabalhar como cozinheiro para sobreviver. Sofre de problemas cardíacos. Se for extraditado, ele e a sua família ficarão arruinados”, afirmou, citado na BBC.