Foi apenas um suspiro mas não trouxe um total alívio. Agora, percebe-se porquê. Quando todas as sondagens de algumas das principais ligas europeias e do Al Nassr não se converteram em propostas até à data limite de 15 de julho, a cláusula de rescisão de Otávio passou de 40 para 60 milhões de euros. Seria isso suficiente para ficar no Dragão? Não foi. E, depois de ter estado na Supertaça frente ao Benfica e no arranque da Primeira Liga em Moreira de Cónegos frente ao Moreirense, o médio já não vai jogar com o Farense na estreia do FC Porto no Campeonato por ter tudo certo para rumar ao Al Nassr de Ronaldo, Castro e companhia.

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Depois das informações que começaram a surgir esta sexta-feira da Arábia Saudita que davam conta de uma nova proposta do Al Nassr pelo internacional português, o acordo teve avanços significativos em poucas horas e ficou praticamente fechado até à manhã deste sábado. Aliás, havia apenas um ponto a desviar aquele que seria o acordo final: o conjunto de Riade pretendia pagar 20 milhões de euros a pronto mais 40 milhões em duas parcelas mais para a frente no calendário, a SAD azul e branca procurava encaixar mais na entrada inicial e menos nas tranches seguintes. Essa solução encontra-se praticamente fechada.

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Os jornais Record e O Jogo avançam que Otávio ainda passou pelo Olival na manhã deste sábado, naquele que foi o último treino do FC Porto antes da receção dos dragões ao Farense (domingo, 18h), mas que já não trabalhou com os companheiros de equipa, começando a fazer as despedidas antes de rumar ao encontro dos responsáveis sauditas para fazer exames médicos e assinar contrato até junho de 2027. A parte financeira tem igualmente um peso grande na saída do médio, que passará a ganhar mais do triplo do que recebia nesta altura no Dragão, onde era o jogador mais bem pago (passa para os 13 milhões da época).

De referir que, ao sair por 60 milhões de euros, Otávio torna-se a maior venda de sempre dos portistas, com um valor acima da venda de Éder Militão para o Real Madrid (50 milhões). Ainda assim, e dentro do que na “realidade” entra nos cofres dos azuis e brancos, o FC Porto vai receber o equivalente a 67,5% dos direitos económicos que tinha do jogador após a última renovação de contrato quando tudo apontava para que o médio que chegou ao FC Porto em 2014 (esteve cedido dois anos ao V. Guimarães) pudesse sair a custo zero como já tinha acontecido com outros dos jogadores portistas, neste caso para o AC Milan.

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No entanto, se Otávio está de saída do Dragão após ser o único jogador que esteve sempre com Sérgio Conceição desde que assumiu o comando técnico no verão de 2017, esperam-se mais algumas entradas no plantel do FC Porto nos próximos dias. João Moutinho, antigo internacional português de 36 anos que esteve as últimas cinco temporadas no Wolverhampton, já está garantido pelos dragões, faltando apenas saber a data em que será anunciado; já Jorge Sánchez, lateral direito mexicano do Ajax, começa a ver um acordo de cedência a ser concluído com os azuis e brancos; por fim, chegará ainda mais um ala ao plantel, sendo que Iván Jaime, espanhol do Famalicão que estava referenciado, está agora mais próximo do Valencia.