A Huawei foi acusada de construir um conjunto de instalações secretas para o fabrico de chips na China com o objetivo de contornar sanções dos EUA, informa o The Guardian segundo um relatório de uma associação de fabricantes de semicondutores.
Se a empresa chinesa estiver, alegadamente, a construir fábricas em nome de outras empresas, então poderá conseguir comprar indiretamente equipamento americano, segundo a Bloomberg.
O departamento de comércio dos EUA adicionou a Huawei à sua lista de controlo de exportações em 2019 devido a preocupações de segurança, relativamente às quais a empresa nega representar um risco. Esse documento restringe a maioria dos fornecedores de enviar bens e tecnologia para a empresa, a menos que lhes tenham sido concedidas licenças.
Neste sentido, as autoridades continuaram a reforçar os controlos para cortar a capacidade da Huawei de comprar ou conceber os chips semicondutores que alimentam a maioria dos seus produtos.
No início de agosto, Joe Biden assinou uma ordem executiva que proíbe certos investimentos dos EUA em tecnologia sensível na China e exige a notificação governamental do financiamento noutros sectores tecnológicos, entre os quais semicondutores e microeletrónica, tecnologias de informação quântica e certos sistemas de inteligência artificial.
Em agosto de 2022, o Presidente norte-americano também assinou o “Chips Act”, um programa de investimento de 50 mil milhões de dólares (46,08 mil milhões de euros) que pretende “impulsionar a investigação, o desenvolvimento e a produção de semicondutores americanos, garantindo a liderança dos EUA na tecnologia que constitui a base de tudo, desde automóveis a electrodomésticos e sistemas de defesa”.
A empresa chinesa de tecnologia entrou na produção de chips em 2022 e estava a receber cerca de 30 mil milhões de dólares (27,64 mil milhões de euros) em financiamento estatal do governo, segundo a Bloomberg.