Macau emitiu esta segunda-feira, pelas 04h00 (21h00 de domingo em Lisboa), um sinal de alerta 1 face à aproximação do tufão Haikui, 28 horas depois de ter baixado o último alerta devido ao super tufão Saola.
Às 05h00 (22h00 de domingo em Lisboa), o Haikui encontrava-se a cerca de 680 quilómetros a leste de Macau, movendo-se a uma velocidade média de 10 quilómetros por hora, indicaram os Serviços Meteorológicos e Geofísicos (SMG) de Macau. “Espera-se que as condições permitam chegar à conclusão de que Macau virá a ser afetado, posteriormente”, disseram os SMG.
A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, cuja emissão depende da proximidade da tempestade e da intensidade do vento.
O tufão já atingiu a costa leste da ilha de Taiwan e, caso mantenha a trajetória, o tufão deverá entrar esta segunda-feira no mar do Sul da China, seguindo depois em direção às províncias de Fujian ou Guangdong, no leste da China.
O Haikui, o primeiro tufão a passar diretamente sobre Taiwan em quatro anos, obrigou as autoridades a retirarem cerca de três mil pessoas de zonas de alto risco, no leste da ilha, e a suspenderem as operações em pelo menos três linhas ferroviárias. O Ministério do Interior informou que mais de 2.800 pessoas foram retiradas de sete cidades da Taiwan, principalmente da zona montanhosa de Hualien. Partes do sul de Taiwan estavam sob aviso de chuvas “extremamente fortes ou torrenciais”, que poderão atingir 700 milímetros em algumas zonas montanhosas, segundo a agência espanhola EFE. Mais de 200 voos domésticos foram cancelados e escolas e escritórios foram encerrados no sul e no leste da ilha.
Macau voltou a emitir o sinal de alerta 1, apenas 28 horas depois de ter baixado o último alerta emitido devido à passagem do super tufão Saola. Tal como aconteceu na China continental e na vizinha região administrativa especial chinesa de Hong Kong, Macau chegou a emitir o alerta máximo, de nível 10, devido ao Saola, registando 250 pessoas em centros de acolhimentos de emergência e cinco feridos.
O Governo de Macau decretou também o encerramento dos casinos, serviços públicos, escolas e parques de estacionamento, tendo sido cancelados mais de 200 voos no aeroporto internacional.
Em setembro de 2018, o tufão Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves no território. Um ano antes, o Hato, considerado o pior tufão em mais de 50 anos a atingir o território, causou dez mortos e 240 feridos.