O Scénic E-Tech é o mais recente membro da família 100% eléctrica da Renault, sendo concebido sobre uma versão alongada da mesma plataforma específica para veículos a bateria que foi estreada no Mégane E-Tech, a CMF-EV. Exibindo formas irreverentes e em linha com o que deverá ser a nova linguagem estilística da marca francesa, o novo modelo será mostrado ao público a partir de hoje no Salão Automóvel de Munique, na Alemanha.

Concebido como um crossover, uma espécie de SUV mais baixo e menos volumoso para ser mais aerodinâmico e beneficiar a autonomia, o Scénic muda assim de roupagem, ele que na geração anterior se assumia como um monovolume. Com 4,47 metros de comprimento, 1,864 m de largura e 1,571 m de altura, reivindica ainda 2,785 m de distância entre eixos, o que lhe permite ultrapassar o Mégane eléctrico (4,199m x 1,768m x 1,505m e 2,685m, respectivamente). O novo crossover francês oferece mesmo uma distância entre eixos maior do que o Austral (2,667m) e até do que o Espace (2,738m), superando mesmo o Nissan Ariya (2,775m), apesar deste ser 12,5 cm mais comprido. Isto permite ter uma ideia da generosa habitabilidade que podemos aguardar do novo modelo.

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Já quando nos apresentou o protótipo que deu origem a este Scénic, então denominado Scénic Vision Concept, que pode ver aqui, a Renault admitiu que a evolução de monovolume para crossover – um SUV mais civilizado – se deveu à baixa popularidade dos MPV. Mas se por fora o novo Scénic E-Tech tem elementos que justificam o seu estatuto de crossover (maior altura ao solo, protecções de guarda-lamas em plástico para lhe reforçar o ar durão), por dentro está optimizado para oferecer o maior espaço e tecnologia a quem está a bordo. E, lá atrás, há uma bagageira com 545 litros, a que é necessário aliar os 38,7 litros de compartimentos para arrumação distribuídos pelo habitáculo.

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Dois ecrãs desempenham o papel de painel de instrumentos (com 12,3”) e de display central (12”), a partir dos quais é possível controlar todas as funções do veículo, além do sistema de navegação e de infoentretenimento, o OpenR Link com suporte Android. É também através destes dois ecrãs colocados em frente ao condutor que este pode recorrer ao Multi-Sense e selecionar um dos quatro programas de condução, respectivamente Comfort, Sport, Eco e Perso, este último passível de ser personalizado à vontade de quem vai ao volante. Para iluminar o habitáculo há a ampla superfície vidrada, bem como o Solarbay, o enorme tejadilho em vidro cuja tecnologia AmpliSky lhe permite ir de transparente a opaco rapidamente e, para mais, separando a zona anterior da posterior.

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O novo Scénic E-Tech vai ser proposto aos clientes com dois níveis de potência, uma mais barata com apenas 170 cv e outra mais potente com 218 cv. O motor menos possante estará associado a um pack de baterias com menor capacidade, apenas 60 kWh, para a unidade motriz com 218 cv ser alimentada pelo novo pack de 87 kWh, o maior que a Renault já instalou num eléctrico ligeiro de passageiros e similar ao que equipa as versões mais potentes do Nissan Ariya.

Se a bateria mais pequena garante 420 de autonomia em WLTP, suficiente para os clientes que procuram um eléctrico mais em conta e não estão muito preocupados com a necessidade de realizar grandes deslocações, é a bateria de 87 kWh que vai chamar a atenção de quem deseja mais potência e a capacidade de ir mais longe, entre recargas, pois 620 km já é um valor muito interessante para este segmento.

Teremos oportunidade de conduzir o novo Scénic E-Tech em Janeiro de 2024, ocasião em que serão revelados os preços para as duas versões. A chegada ao nosso mercado está prevista para final do primeiro trimestre. Veja em baixo a apresentação do modelo em Munique, pela mão de Fabrice Cambolive, o CEO da marca (a partir do minuto 20.16):