A Polícia Federal brasileira realizou esta quarta-feira uma nova operação contra três dos acusados de participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, quando apoiantes radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram e causaram danos às sedes dos três poderes.

A décima sétima fase da Operação Lesa Pátria cumpriu três ordens de prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em quatro estados e na capital Brasília, segundo comunicado da Polícia Federal (PF).

A operação é realizada nos estados brasileiro de Goiás, Brasília, São Paulo, Minas Gerais e Paraná.

Segundo as autoridades, o objetivo desta nova fase “é identificar as pessoas que destruíram, instigaram, financiaram e incentivaram os acontecimentos de 8 de janeiro”.

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Os detidos, cita a polícia brasileira, respondem pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, dano agravado, associação para a prática de crime, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bens protegidos.

Apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram em 8 de janeiro as sedes do Supremo Tribunal Federal, do Congresso e do Palácio do Planalto, em Brasília, obrigando à intervenção policial para repor a ordem e suscitando a condenação da comunidade internacional.

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A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira apoiantes do anterior presidente, derrotado pelo Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de outubro passado, terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios para tentar derrubar o novo Governo.

Desde o dia dos atos antidemocráticos, mais de 1.800 pessoas foram presas e 128 delas permanecem detidas, embora quase todas continuem a responder à justiça em liberdade condicional por diversos crimes.

Até ao momento, três pessoas foram condenadas a penas até 17 anos, outras seis estão em julgamento até 02 de outubro e outras 223 aguardam uma data para o seu caso ser levado ao mais alto tribunal do país. 

A justiça brasileira também investiga Jair Bolsonaro para esclarecer se teve participação na instigação dos atos golpistas, e também estão a ser investigados funcionários públicos e outras autoridades suspeitas de omissão ou de facilitação dos ataques.