No próximo sábado, o Palácio Nacional de Mafra vai ser palco do casamento do primeiro casamento real em Portugal em 28 anos e, por isso, vai estar encerrado ao público. O anúncio foi feito esta terça-feira por parte do próprio monumento, justificando o fecho com as medidas de segurança a adotar no âmbito desta uma cerimónia privada.
Em comunicado, pode ler-se que para a decisão do fecho foram considerados “diversos pareceres, entre os quais, da Câmara Municipal de Mafra, do Comando Territorial da GNR e da Direção do Palácio Nacional de Mafra, secundados pela informação à Proteção Civil, aos Bombeiros, entre outros”.
A cerimónia em causa é o casamento da filha dos duques de Bragança.
De acordo com o Palácio Nacional, “as apertadas operações de segurança no interior e exterior do edifício, o condicionamento de trânsito e a organização de festejos populares no terreiro D. João V tornam inviável a abertura do palácio ao público por motivos de segurança interna e, sobretudo, das entidades em referência”.
O encerramento dá-se ao abrigo do Regulamento Geral de Bilhética e acesso aos museus, monumentos e palácios dependentes da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), em particular do artigo que refere que “compete ao Diretor-Geral do Património Cultural determinar, por despacho fundamentado, o encerramento temporário dos [Museus, Monumentos e Palácios]”.
Classificado Património Mundial em 2019, o Palácio Nacional de Mafra, naquele município do distrito de Lisboa, “é um conjunto arquitetónico barroco, formado por um palácio real, basílica, convento, jardim e tapada”, cuja construção foi iniciada em 1717.
“Possui importantes coleções de escultura italiana, pintura italiana e portuguesa, paramentos, bem como uma imponente biblioteca, dois carrilhões, seis órgãos históricos e uma enfermaria do século XVIII”, como se lê na descrição patente na página da DGPC.
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O mesmo texto recorda que o palácio foi “residência de Estado durante a regência do príncipe João (VI), desde as invasões napoleónicas recebeu aquartelamento militar e serviu de residência sazonal à Família Real”.
“Foi a partir deste palácio que Manuel II, último monarca português, seguiu para o exílio, a 5 de outubro de 1910”, lembra a DGPC.