A última semana do Manchester City foi atípica — pelo menos, para aquilo que é a realidade do clube desde que Pep Guardiola assumiu o comando técnico da equipa. Entre a eliminação na Taça da Liga e a derrota contra o Wolverhampton que poderia ter ditado a perda da liderança da Premier League, os citizens somaram duas derrotas consecutivas e abriram a porta a uma ideia de crise que não surgia há muito tempo.

Uma ideia de crise que, no que ao calendário diz respeito, não é nada confortável: o Manchester City visitava o RB Leipzig na Liga dos Campeões esta quarta-feira, desloca-se a Londres para defrontar o Arsenal no fim de semana e interrompe depois as operações para os compromissos internacionais, correndo o risco de entrar na paragem vindo de um período positivo ou de um período francamente negativo.

O dia de Portugal na Premier trouxe sorrisos, lágrimas e surpresas: City perde com o Wolves, United derrotado em casa

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

E a distinção entre essas duas possibilidades começava esta quarta-feira, na tal viagem à Alemanha depois da complexa vitória contra o Estrela Vermelha na jornada inaugural da fase de grupos. “Não sei o que vai acontecer esta temporada. O que os jogadores já fizeram é inacreditável. Contra o Wolves concedemos dois remates à baliza e perdemos o jogo, mas isso é futebol. Temos de melhorar, sim, mas a base do que fizemos na época passada tinha o Stones, o Bernardo, o Rodri, o De Bruyne, o Gündoğan e o Grealish e nenhum deles estava lá. Às vezes temos de ajustar, é normal. Temos de voltar aos nossos princípios e aprender com os erros”, explicou Guardiola na antevisão da partida.

Um discurso que deixava bem claro que, para o confronto contra o RB Leipzig, o treinador espanhol tinha três boas notícias: Bernardo e Grealish estavam recuperados e eram opção e Rodri também voltava aos eleitos depois de ter cumprido castigo frente ao Wolverhampton. Assim, Guardiola lançava Grealish, Bernardo, Rico Lewis e Phil Foden nas costas de Haaland, enquanto que Marco Rose apostava em Forsberg, Poulsen e Xavi Simons no apoio a Openda, nuns alemães que venceram o Young Boys em casa na jornada inaugural da Liga dos Campeões.

Phil Foden abriu o marcador ainda durante a meia-hora inicial, com Bernardo a surgir na direita e a lançar Rico Lewis, que cruzou atrasado e viu o avançado inglês atirar de primeira para abrir o marcador (25′). O RB Leipzig foi a perder para o intervalo, mas empatou logo no arranque na segunda parte, com Openda a receber de Poulsen numa transição ofensiva letal e a aguentar a pressão de Akanji para atirar certeiro na cara de Ederson (48′).

Marco Rose lançou Timo Werner e Sesko a 20 minutos do fim e Guardiola respondeu com Jérémy Doku e Julián Álvarez — e o argentino voltou a deixar claro que está num momento assinalável. Cinco minutos depois de entrar em campo, o avançado recebeu à entrada da grande área e atirou em jeito para dar a vantagem aos ingleses (84′). Matheus Nunes ainda entrou para substituir Bernardo, Doku teve tempo para marcar e aumentar os números no marcador (90+2′) e o Manchester City acabou mesmo por vencer o RB Leipzig para assegurar a liderança do Grupo G.