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Em março, um mandado de captura internacional colocou uma espécie de muro invisível, à volta da Rússia, para Vladimir Putin. No entanto, o Presidente prepara-se agora para arriscar e quebrar a barreira imposta pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), naquela que poderá vir a ser a sua primeira viagem ao estrangeiro desde a decisão.
O Presidente russo, Vladimir Putin, planeia visitar o Quirguistão, país da Ásia Central e um dos membros do TPI, na próxima semana, revelou esta quarta-feira o jornal The Moscow Times.
De acordo com a agência quirguize Kabar, a visita foi um “convite do Presidente Sadyr Japarov” e está marcada para a próxima quinta-feira, 12 de outubro.
Segundo mesmo meio, a viagem será focada em “negociações bilaterais”. No entanto, The Moscow Times e outros jornais russos avançam que Putin deslocar-se-á a uma base aérea na cidade de Kant, a este da capital Bishkek, para celebrar o 20.º aniversário da abertura da mesma.
Confirmando-se e não havendo nenhuma surpresa de agenda antes, esta será a primeira viagem de Putin ao estrangeiro desde a “decisão histórica”, como apelidou Volodymyr Zelensky, que avançou com um mandado para a sua captura por suspeita de crimes de guerra.
Zelensky diz que mandado de captura de Vladimir Putin é decisão “histórica”
Em comunicado na altura, o TPI acusou Putin de ser “alegadamente responsável pelo crime de guerra de deportação ilegal de população (crianças) e transferência ilegal de população (crianças) de áreas ocupadas da Ucrânia para a Federação Russa”.
Em causa estarão milhares de crianças ucranianas institucionalizadas que foram transferidas à força para a Rússia ou para territórios ocupados.
Apesar de o Quirguistão ser membro do Tribunal Penal Internacional, “tem hesitado” em cumprir com o estatuto que o obrigaria a prender o Presidente russo caso ele entrasse no país.