16 jogos. Entre o final da temporada passada e o início da atual, o Sporting não perdia há 16 jogos consecutivos — desde a derrota contra a Juventus, em abril, que ditou a eliminação nos quartos de final da Liga Europa. Seis meses depois, os leões sofreram o primeiro desaire da época ao 9.º encontro e novamente na Liga Europa e contra um adversário italiano, a Atalanta.

Gonçalo foi o único a acreditar por inteiro no meio de uma equipa que acreditou pela metade (a crónica do Sporting-Atalanta)

Para além disso, o Sporting prolongou um registo negativo em Alvalade: há seis jogos nas competições europeias que os leões não conseguem ganhar em casa, somando apenas uma vitória nas últimas oito partidas entre Liga dos Campeões e Liga Europa. Com a derrota desta quinta-feira, a equipa de Rúben Amorim divide agora o segundo lugar do Grupo D com o Sturm Graz, já que ambos têm três pontos, e viu a Atalanta assumir a liderança isolada com seis pontos em seis possíveis.

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Depois do jogo, na zona de entrevistas rápidas, Rúben Amorim deixou uma breve análise à partida. “Fizemos as mesmas coisas na primeira e na segunda parte, mas na segunda fizemo-las bem. Na primeira parte estivemos nervosos e não conseguimos acompanhar o ritmo dos italianos. Acontece, no futebol. Ao intervalo disse-lhes para fazerem as mesmas coisas, acelerarem as coisas, acompanharem o ritmo deles. Eu sei que eles podem acompanhar o ritmo de qualquer equipa. Fizemos algumas alterações em função disso”, explicou o treinador leonino, antes de ser questionado sobre o impacto da tripla substituição que fez ao intervalo.

“O Geny [Catamo] esteve melhor nas entrelinhas, mas foram dois jogos diferentes. Não sei se na primeira parte, com aqueles jogadores que entraram, seria diferente, não sei adivinhar. Os jogadores da segunda parte tiveram um rendimento melhor”, acrescentou, sublinhando o impacto da primeira derrota da época. “É seguir em frente, pensar no Campeonato e depois teremos tempo para pensar na Liga Europa. Está tudo em aberto. Os outros dois concorrentes do grupo também estão dentro e são fortes. Custa, principalmente porque não perdíamos há muito tempo. Custa, mas também faz parte e faz as equipas crescer. Hoje não gostamos, mas vai dar-nos jeito noutro dia porque isto faz parte do futebol. Há que pensar no próximo jogo e ganhar”, concluiu Amorim.

Já Gyökeres, que converteu uma grande penalidade e tornou-se o primeiro jogador leonino a marcar em quatro jogos consecutivos desde Pablo Sarabia, assumiu as dificuldades que o Sporting teve. “Sabíamos como iam jogar e jogaram exatamente como pensámos. Correram muito nas nossas costas, em todas as posições, e devíamos ter acompanhado melhor os jogadores e fazer melhor no lado físico do jogo. Especialmente na primeira parte, porque acho que fomos melhores na segunda. Foi um jogo difícil, eles pareceram melhores do que nós”, começou por dizer o avançado sueco.

“Nada foi uma surpresa. Podemos de tudo sobre como jogam, mas vai ser sempre difícil no relvado contra boas equipas. Podíamos ter feito um trabalho melhor. Foi por isso que perdemos. Se podemos ficar em 1.º no grupo? Sim, ainda só jogámos dois de seis jogos. Vamos jogar outra vez com a Atalanta e com as outras equipas do grupo. Claro que podemos conseguir”, terminou.