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“Se a Ucrânia perder a guerra, é o fim da Europa” foi a frase que marcou a manhã do 593.º desde a invasão da Rússia. A mesma foi proferida pelo ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, que pediu ainda aos “europeus que percebessem que” os conflitos “também são com eles”, numa entrevista dada à Forbes Ucrânia, citada pelo jornal Kyiv Independent.
Também durante a manhã, a Procuradoria Geral ucraniana revelou, no Telegram, que morreram 506 crianças desde o início da guerra e que 1.133 ficaram feridas.
Ainda sobre as crianças, a Organização das Nações Unidas (ONU) mostrou-se preocupada com a “inexistência de um sistema” que permita repatriá-las da Rússia para a Ucrânia, tendo as autoridades verificado que quase 20 mil foram levadas para o país invasor.
A manhã também ficou marcada pela revelação dos Serviços de Informação ucranianos no que diz respeito à guerra em Israel, que, além de terem condenado a “campanha” russa para “desacreditar a Ucrânia no Médio Oriente”, disse que a “Rússia já entregou aos terroristas do Hamas armas apreendidas durante os combates na Ucrânia, fabricadas nos EUA e na UE”.
Durante a tarde, no seu discurso diário, Volodymyr Zelensky abordou o conflito israelo-palestino. Afirmou que a Rússia tem interesse em instingar uma guerra no Médio Oriente com o objetivo de criar novas fontes de dor e sofrimento, enfraquecer a união mundial e “destruir a liberdade na Europa”. Ao final do dia, em entrevista ao canal de televisão francês, France 2, o Presidente ucraniano acusou a Rússia de ter auxiliado o grupo islâmico Hamas no seu ataque contra Israel no último sábado. “Não é a primeira vez, já o fez na Síria, na Ucrânia e na Crimeia”, disse Zelensky
O que aconteceu durante a tarde e noite?
- A partir desta segunda-feira, os legisladores da Duma da Rússia têm 10 dias para avaliar a hipótese de revogar a participação de Moscovo no Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares (CTBT), que bane a realização de testes nucleares. Diretor da Organização do CTBT mostrou-se preocupado.
- O Presidente da Ucrânia vai visitar esta terça-feira a Roménia, naquela que é a sua primeira visita oficial desde o início da invasão russa.
- O líder da Igreja Ortodoxa russa, o patriarca Cirilo de Moscovo, apelou ao fim da guerra na Terra Santa entre Israel e o movimento islâmico Hamas.
- As Forças Armadas dos EUA afirmaram que o Congresso deve atuar e aprovar fundos adicionais para garantir que os planos de produção e aquisição de munições do Pentágono possam satisfazer simultaneamente as necessidades de Israel e da Ucrânia.
- No seu discurso diário, Volodymyr Zelensky abordou o conflito israelo-palestino afirmando que a Rússia tem interesse em instingar uma guerra no Médio Oriente com o objetivo de criar novas fontes de dor e sofrimento, enfraquecer a união mundial e “destruir a liberdade na Europa”.
- A ONU condenou os mais recentes ataques contra civis na Ucrânia por parte da Rússia, incluindo a ofensiva que causou 52 mortos na cidade de Groza, enquanto Moscovo garantiu que as operações têm apenas objetivos militares.
- O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acusou a Rússia de ter auxiliado o grupo islâmico Hamas no seu ataque contra Israel no último sábado.
O que aconteceu durante a manhã e início da tarde?
- São mais de 500 as crianças mortas — 506 — e mais de mil — 1.133 — as que ficaram feridas desde que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de fevereiro de 2022. Os dados foram revelados no Telegram pela Procuradoria Geral do país que recorda que estes números não são definitivos ao mesmo tempo que revela os locais onde mais crianças morreram ou ficaram feridas nesta guerra: Kharkiv, Kherson, Kiev, Zaporíjia, Mikolaiv, Dnipropetrovsk, Chernihiv e Luhansk.
- Desde que o acordo que permitia escoar os cereais ucranianos através do Mar Negro foi dado como terminado pela Rússia, já entraram 17 navios nos portos de Odessa, para carregar, através de um corredor alternativo criado por Kiev, avança a agência de notícia ucraniana Suspline.
- Diversas bandeiras de Israel foram exibidas nos grandes ecrãs da capital da Ucrânia, Kiev, para mostrar a solidariedade dos ucranianos com os israelitas, depois dos ataques do grupo Hamas.
- As forças russas garantiram ter impedido cinco ataques ucranianos dirigidos a Liman, na região de Donetsk, disse o porta-voz do Centro de Batalha, Alexander Savchuk, à agência TASS.
- Volodymyr Zelensky participou, por videochamada, na assembleia parlamentar da NATO e comparou o ataque realizado por uma “organização terrorista” [Hamas] a Israel com as táticas idênticas usadas pela Rússia, um “Estado terrorista”, na Ucrânia, cita o The Guardian.
- Ao 593.º dia desde a invasão da Rússia, a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, pediu ao Ocidente que não sentisse “fadiga de guerra” em relação à Ucrânia.
- O gabinete dos direitos humanos da ONU confessou estar “preocupado” com o facto de não existir um sistema para repatriar as crianças ucranianas que foram levadas para a Rússia.
- O governador de Kherson, Oleksandr Prokudin, anunciou que foram registados dois mortos na sequência dos bombardeamentos russos no sul da região de Kherson, este domingo.
- A Rússia e a ONU devem discutir o futuro do acordo dos cereais, conforme informou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo Serguei Vershinin, na última sexta-feira.
- O porta-voz da presidência, Dmitry Peskov, disse que, independentemente da guerra na Ucrânia, as eleições presidenciais, previstas para 2024, e as legislativas, para 2026, deviam acontecer dentro dos prazos estipulados.
- O Ministro dos Negócios Estrangeiros ucranianos informou que uma criança ficou ferida em Israel, na sequência dos ataques do grupo Hamas.
- No relatório publicado esta segunda-feira, o Estado-Maior das Forças Armadas ucranianas informou que a Rússia terá perdido 282.630 soldados na Ucrânia, desde o início da guerra, a 24 de fevereiro de 2022. Só no último dia, houve 350 mortes a registar do lado das forças russas.
- O gabinete dos direitos humanos da ONU mostrou-se “profundamente preocupado” com a distribuição “em massa” de passaportes russos a ucranianos sediados em territórios ocupados.
- O ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, alertou a Europa de que a guerra na Ucrânia se “estende” a todo o território e que o continente “não pode dar-se ao luxo de não vencer juntamente com a Ucrânia”.
- O ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umerov, conversou com a homóloga neerlandesa, Kajsa Ollongren, tendo mostrado o seu agradecimento pelos Países Baixos na “liderança da coligação F16”.
- O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decidiu substituir o comandante das Forças de Defesa Territorial da Ucrânia, anunciou, num despacho presidencial publicado esta segunda-feira, citado pelo The Guardian.
- Os Serviços de Informação ucranianos condenaram a “campanha” russa de “desacreditar a Ucrânia no Médio Oriente”. Numa publicação de Facebook, disseram que a “Rússia está a utilizar o ataque dos terroristas do Hamas para uma provocação contra a Ucrânia”.