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Pelo menos 724 crianças palestinianas morreram e 2.450 ficaram feridas desde a escalada do conflito entre o Hamas e Israel, em 7 de outubro, indicou esta terça-feira a UNICEF, que não apresenta números de vítimas menores do lado israelita.
De acordo com um comunicado do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), desde 7 de outubro foram denunciadas “graves violações em grande escala” contra crianças em Israel e no Estado da Palestina, incluindo homicídios, mutilações e raptos, além de ataques a infraestruturas civis e a serviços públicos essenciais, como escolas ou instalações de saúde.
Segundo dados do Ministério da Saúde palestiniano, o número de mortos na Faixa de Gaza atingiu os 3.000 e o número de feridos ascende a 12.500, com a UNICEF a indicar que pelo menos 724 das vítimas mortais são crianças e 2.450 estão feridas.
Fontes de Israel relatam que pelo menos 1.400 israelitas foram mortos e mais de 3.800 ficaram feridos, mas a UNICEF realça que não existem dados desagregados sobre crianças israelitas mortas e feridas, apesar de os relatórios iniciais apontarem “muitas vítimas entre crianças”.
Ainda segundo Israel, pelo menos 155 israelitas, entre eles crianças, foram capturados e levados à força para a Faixa de Gaza.
Já o número de deslocados na Faixa de Gaza devido à ofensiva israelita atingiu um milhão de pessoas, segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), alertando que a região sitiada continua sem acesso a água.
Além de Israel e Faixa de Gaza, a situação na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, “continua tensa”, observou a UNICEF.
Desde 7 de outubro, dia em que o grupo islamita Hamas atacou Israel, pelo menos 58 palestinianos, incluindo 16 crianças, foram mortos em várias áreas da Cisjordânia e o Ministério da Saúde informou que 1.200 palestinianos ficaram feridos.
A maioria dos postos de controlo na Cisjordânia permaneceu fechada, agravando ainda mais as restrições à circulação da população”, diz o comunicado.
Dado que o agravamento da situação no terreno, a UNICEF também está a trabalhar com o escritório com o Egito para preparar a entrada de bens vitais para pelo menos 150.000 pessoas no caso de abertura do ponto de passagem entre a Faixa de Gaza e o Egito.
Antes desta última escalada de violência, as crianças na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, estavam já significativamente afetadas pela violência relacionada com conflitos e um milhão de menores necessitavam de ajuda humanitária — quase metade da população infantil.
Na Faixa de Gaza, foram identificadas necessidades de saúde mental e apoio psicossocial em mais de 816 mil crianças, após seis rondas de conflito armado desde 2008, de acordo com a UNICEF.
O grupo islamita Hamas lançou no dia 7 de outubro um ataque surpresa contra o território israelita, sob o nome de operação “Tempestade al-Aqsa“, com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados por terra, mar e ar.
Em resposta ao ataque surpresa, Israel bombardeou a partir do ar várias instalações do Hamas na Faixa de Gaza, numa operação que batizou como “Espadas de Ferro“.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, declarou que Israel está “em guerra” com o Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007.