A Amazon junta-se à Alphabet, dona da Google, e à Meta, empresa-mãe do Facebook, Instagram e WhatsApp, na lista de tecnológicas que estão a boicotar a Web Summit após os comentários de Paddy Cosgrave, principal rosto da cimeira tecnológica (que entretanto já pediu desculpa), acerca do conflito entre Israel e o Hamas.

A Google era uma das empresas parceiras do evento, enquanto a Meta teria pelo menos um orador em Lisboa: Nick Clegg, presidente responsável por assuntos externos. A notícia foi avançada esta sexta-feira pela Bloomberg, que escreve que a informação foi confirmada por porta-vozes das duas tecnológicas.

Mais tarde, ainda esta sexta-feira, a Bloomberg noticiou que um representante da Amazon Web Services confirmou que a empresa também não estaria presente na Web Summit. A divisão de serviços de software da tecnológica era parceira da conferência e Vishal Sharma, um dos seus vice-presidentes, era um dos oradores.

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As saídas da Amazon, da Google e da Meta seguem-se às da Intel e da Siemens, que esta quinta-feira anunciaram que já não iriam participar na feira tecnológica que decorre entre 13 e 16 de novembro em Lisboa, seguindo os passos de várias outras tecnológicas e oradores. A informação também foi avançada pela Bloomberg.

Numa resposta escrita enviada ao Observador, após um pedido de comentário quanto às saídas anunciadas nos últimos dois dias, a Web Summit disse que espera contar com “70 mil participantes de todo o mundo com uma programação completa em novembro”.

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Já a Siemens, numa declaração enviada ao Observador, afirmou que, “após desenvolvimentos recentes em relação à Web Summit”, analisou “a situação” e chegou à conclusão de que “não vai participar em 2023”. O Observador também contactou a Google, que remete para a confirmação dada por um porta-voz à Bloomberg. A Amazon, a Meta e a Intel ainda não responderam a um pedido de comentário.

Paddy Cosgrave, CEO da Web Summit, já pediu desculpa por ter afirmado que “os crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando são cometidos por aliados”. Ainda assim, o número de empresas e oradores que desistiram de participar no evento não para de aumentar. A atriz Gillian Anderson faz parte dessa lista, uma vez que também decidiu não estar presente. O The Irish Times avança que um porta-voz da G-Spot, marca de bebidas da antiga protagonista da série Ficheiros Secretos, disse que a retirada acontece porque “os valores da marca não se alinham” com os da Web Summit.

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Por sua vez, a Stripe, tecnológica que era patrocinadora da Web Summit, adiantou que Will Gaybrick, diretor de produto, e Jeff Titterton, diretor de marketing, não vão participar no evento deste ano.

O vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Robert Habeck, ainda aparece na lista de oradores da Web Summit. Ainda assim, um representante do governo alemão adiantou, em declarações à Bloomberg, que a participação está a ser ponderada. O mesmo está a acontecer com o Banco Europeu de Investimento, escreve o The Irish Times.

O Observador também contactou o governo alemão e o Banco Europeu de Investimento para confirmar se estão a ponderar as suas participações, mas não obteve, até ao momento, uma resposta.

Notícia atualizada às 11h41 deste sábado com a informação de que a Amazon também não estará na Web Summit