O número de atos antissemitas e islamofóbicos registados em Londres aumentou significativamente desde o início do conflito entre Israel e o Hamas, anunciou Scotland Yard.

Apesar do aumento da presença de agentes policiais, registámos um aumento significativo (no número) de crimes de ódio em Londres”, informou a polícia de Londres num comunicado de imprensa.

Foram registados 218 atos criminosos antissemitas entre 1 e 18 de outubro, em comparação com 15 no período homólogo, segundo as autoridades.

Da mesma forma, registámos um aumento do número de crimes islamofóbicos”, subindo “de 42 para 101” no mesmo período, informou a polícia.

As infrações incluem atos dirigidos contra indivíduos ou grupos, pessoalmente e online, ou que inflijam danos a propriedade, de caráter racista ou religioso.

Até agora, 21 pessoas foram presas por atos de ódio em Londres, incluindo um homem suspeito de destruir em Camden, no norte da capital, retratos de israelitas raptados pelo Hamas.

Outra pessoa foi presa em ligação a cerca de dez grafittis islamofóbicos em paragens de autocarro no sudoeste de Londres.

Desde o início da guerra entre o Hamas e Israel, que respondeu com ataques massivos na Faixa de Gaza em retaliação ao massacre que ocorreu a 7 de outubro, os agentes da polícia de Londres foram destacados junto a escolas religiosas ou locais de culto judaicos e muçulmanos.

No sábado irá decorrer na capital britânica uma nova manifestação pró-Palestina, a pedido da organização Campanha de Solidariedade com a Palestina.

Na semana anterior, milhares de pessoas manifestaram-se em apoio aos palestinianos no centro da capital sob forte vigilância policial e quinze foram presas por “vários crimes”, informou a Scotland Yard.

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O primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, que visitou o Cairo esta sexta-feira depois de ter estado em Israel e na Arábia Saudita, denunciou os atos “inaceitáveis” cometidos durante estas manifestações.

A maior parte dos comícios que decorreram na capital desde o início da guerra “decorreram sem incidentes”, sublinhou a polícia.

O ataque do Hamas contra Israel a 7 de outubro fez mais de 1.400 mortos em Israel, na maioria civis, e a retaliação israelita fez cerca de 4.000 mortos em Gaza, também sobretudo civis, de acordo com o mais recente balanço das autoridades locais.

No 14.º dia de guerra entre Israel e o Hamas, que prossegue apesar de uma intensa atividade diplomática, o Exército israelita continuou a bombardear a Faixa de Gaza.

Segundo o Exército israelita, cerca de 1.500 combatentes do Hamas foram mortos na contraofensiva que permitiu a Israel recuperar o controlo das zonas atacadas a 7 de outubro pelo movimento islamita.

O número de reféns do Hamas mantidos em cativeiro em Gaza foi na quinta-feira revisto em alta, para 203 pessoas, e o Exército israelita indicou que “a maioria está viva”.