O presidente do PSD criticou esta quinta-feira a Comissão Europeia por falhar em apontar os erros do Governo português na execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), defendendo que se impunha “maior exigência” para com o executivo.

É uma crítica à Comissão [Europeia] que, do meu ponto de vista, não tem sido suficientemente enfática a anotar o erro da estratégia que o Governo português segue, independentemente do respeito que a Comissão tem de ter pela estratégia governamental de cada Estado-membro”, disse Luís Montenegro, em declarações aos jornalistas, à entrada para uma reunião do Partido Popular Europeu (PPE), em Bruxelas.

O líder social-democrata disse não ter “nenhum problema em assumir que se impunha à Comissão Europeia uma palavra de maior exigência para com o Governo” português.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, pertence ao PPE, família política europeia da qual o PSD faz parte.

A Comissão aprovou até esta quinta-feira toda a planificação do PRR apresentada pelo Governo português, mas Montenegro considerou que o executivo socialista é o único entre os 27 que está a utilizar a “bazuca” para “apostar, quase exclusivamente, no setor público”.

Todos eles [os outros governos europeus] estão focados em dar às suas economias mais pujança, maior capacidade de transformação, para aumentarmos a competitividade do nosso bloco europeu […]. O primeiro-ministro e o PS fizeram do PRR o maior orçamento retificativo da história democrática, porque está a financiar os investimentos públicos que ficaram na gaveta nos últimos anos”, acusou.

Na opinião do líder social-democrata, a Comissão Europeia devia “incentivar o Governo português a dar à economia portuguesa condições para que ela possa crescer”.

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