A Maersk, empresa de transportes marítimos, já despediu 6.500 dos 10.000 trabalhadores que vai cortar, uma decisão que não impacta, no geral, o negócio dos terminais APM, adiantou à Lusa, sem especificar o impacto em Portugal.
O impacto é na nossa organização global e não dividimos isso em números para cada um dos mais de 100 países em que estamos presentes, mas posso dizer que o nosso negócio de terminais APM, em geral, não é afetado”, esclareceu a Maersk, em resposta à Lusa.
A empresa de transportes marítimos anunciou esta sexta-feira que vai eliminar 10.000 postos de trabalho devido ao “difícil ambiente” que se vive ao nível do comércio internacional de contentores e serviços de logística.
Esta medida irá resultar numa poupança avaliada em 600 milhões de dólares (cerca de 564 milhões de euros) em 2024, explicou a empresa aquando da apresentação dos resultados financeiros referentes ao terceiro trimestre deste ano.
A Maersk revelou ainda à Lusa que, nos últimos 10 meses, já reduziu 6.500 dos 10.000 postos de trabalho que pretende cortar.
Esta empresa, que tem sede em Copenhaga, totalizou 691 milhões de dólares de lucro no terceiro trimestre, o que compara com os 9.100 milhões de dólares registados no mesmo período do ano passado.
O presidente executivo da AP Moller-Maersk, Vincent Clerc, disse esta sexta-feira que a Maersk vai continuar a “otimizar” a sua organização, bem como as operações.
“Tendo em conta os tempos difíceis que se avizinham, acelerámos várias medidas de contenção de custos e de tesouraria para salvaguardar o desempenho financeiro”, acrescentou.