Londres, a capital do Reino Unido conhecida pelo seu smog, uma atmosfera recheada de fumo e poluição de veículos equipados com motores de combustão que prejudicava a saúde dos transeuntes e até a visão, declarou guerra aos veículos mais poluentes, banindo-os das zonas de baixas emissões. As Ultra Low Emissions Zones (ULEZ) funcionam 24 horas por dia e sete dias por semana.

As autoridades londrinas não só implementaram as ULEZ, como as expandiram, decisão que foi alvo de grandes críticas, mas que acabou por acolher igualmente grande aceitação. E a prova foi confirmada pelo Transport for London (TfL), que demonstrou que os carros mais antigos e poluentes diminuíram as suas entradas em Londres em cerca de 45%, desde a expansão da ULEZ, mantendo os carros mais poluentes fora do centro da cidade.

De acordo com o TfL, há apenas 93.000 veículos mais poluentes a entrar em Londres, longe dos 170.000 que visitavam a capital antes do incremento da área protegida pela ULEZ. São menos 77.000 veículos com emissões acima da média, o que os britânicos consideram uma vantagem face a um passado recente.

Os 93.000 veículos que entram em Londres têm de pagar uma taxa de acesso diária, de 12,50 libras, aproximadamente 14,4 euros. Se o valor unitário parece “curto”, o encaixe para as autoridades londrinas é substancialmente mais significativo, rondando 27,2 milhões de euros, uma evolução notável face aos anteriores (antes da expansão) 2,8 milhões de euros.

O afastamento de uma percentagem considerável de veículos velhos e poluentes do centro (alargado) da cidade, associado ao generoso encaixe devido aos pagamentos diários para entrar na metrópole com carros mais velhos, levou o presidente da câmara londrina, Sadiq Khan, a dizer estar “satisfeito com o alargamento das zonas ULEZ que, após apenas um mês, estão obviamente a funcionar”.

O sistema implementado por Londres determina que os automóveis menos poluentes e, sobretudo, os veículos híbridos plug-in e os 100% eléctricos podem entrar livremente na cidade, mas que os carros mais velhos e mais poluentes têm que pagar uma taxa para aceder às zonas centrais da cidade. Os responsáveis consideram que isto vai limitar os danos à saúde de quem habita ou se desloca habitualmente em Londres, reduzindo o sofrimento e, sobretudo, a factura da saúde, para os que passam a sofrer de problemas respiratórios e circulatórios.

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