A Amnistia Internacional (AI) realiza a partir de quinta-feira em vários pontos do país vigílias de “silêncio e sem bandeiras” a pedir um cessar-fogo imediato no conflito entre o Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas.

Segundo um comunicado enviado à Lusa, o ato inicial destas vigílias está marcado para quinta-feira às 18h30 no Cais do Sodré, em Lisboa, onde “a Amnistia Internacional convida todos aqueles que se queiram juntar a trazer, ou a realizar no local, “origamis” em forma de pomba, enquanto símbolo de apoio ao cessar-fogo”.

Outras vigílias estão marcadas, indica a AI, para o mesmo dia em Coimbra e Estremoz, e para sexta-feira em Ponta Delgada, seguindo-se Horta (dia 12) e Fundão (13).

“A Amnistia Internacional tem vindo a apelar pelo cessar-fogo por todas as partes, relembrando que o término dos ataques ilegais travaria, quer o sofrimento dos civis de ambos os lados, quer o número de mortos que cresce a cada dia”, defendeu a organização em comunicado.

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O cessar-fogo, prossegue, também proporcionaria a oportunidade de negociar a libertação dos reféns detidos pelo Hamas, e “permitiria que as organizações e agências de ajuda humanitária fizessem chegar o seu apoio à Faixa de Gaza, de forma segura e incondicional”.

Uma petição da AI pelo cessar-fogo em Israel e nos territórios palestinianos ocupados já reuniu pelo menos cinco mil assinaturas, que se juntam ao apoio de 56 organizações da sociedade civil.

O Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza antes de iniciar uma incursão terrestre no enclave e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

O conflito já provocou milhares de mortos e feridos, entre militares e civis, nos dois territórios.