A Rimac Automobiles nasceu em 2009 da criatividade de Mate Rimac, a partir de um vão de escada.  As origens foram humildes, mas rapidamente este construtor croata se transformou numa referência incontornável na indústria, sobretudo tecnologicamente. Prova disso é o seu mais recente modelo, o Nevera, um hiperdesportivo eléctrico equipado com quatro motores que totalizam 1914 cv e que lhe permitem atingir 412 km/h. Isto para a frente…

412 km/h. Rimac é o eléctrico de série mais veloz do mundo

Aos 23 recordes mundiais que o Nevera já alcançou, a Rimac juntou mais um que é, provavelmente, o mais estranho de todos. Se os 412 km/h atingidos numa pista oval impressionaram, bem como o facto de conseguir percorrer ¼ de milha (0-402 metros) em 8,582 segundos, desta vez o Nevera provou ser o modelo mais rápido em… marcha-atrás. Obviamente em pista e conduzido por um piloto que revelou ser exímio em recorrer apenas aos retrovisores, o Nevera atingiu uma velocidade de 275,74 km/h, estabelecendo mais um recorde mundial.

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Esta velocidade “canhão”, por ter sido conseguida em sentido inverso ao tradicional, foi alcançada na pista de testes de Papenburg, na Alemanha, como pode ver acima no vídeo que foi produzido para registar o momento e o novo recorde. De recordar que a Rimac, além de produzir o Nevera, é também o fornecedor de sistemas KERS às equipas de Fórmula 1, de transmissões de duas velocidades a construtores como a Porsche e de sistemas eléctricos a 800V a uma série de outros fabricantes de automóveis, da Porsche à Hyundai/Kia, passando pela restantes marcas do Grupo Volkswagen e pela Ford.

Mais um recorde certificado pelo Guinness World of Records para o Rimac Nevera, que assim eleva para 23 o número de títulos

Este tipo de velocidade em marcha-atrás só é possível por os motores eléctricos poderem girar com a mesma facilidade, potência e eficiência num sentido ou noutro. Para facilitar a proeza, mesmo estes hiperdesportivos eléctricos não possuem caixa de velocidades, montando apenas um desmultiplicador (essencialmente dois carretos) que adapta a velocidade a que gira o veio do motor eléctrico às rotações a que têm de girar as rodas, para atingirem a velocidade máxima pretendida. Daí a possibilidade de um carro eléctrico atingir 275 km/h em marcha-atrás, o que nunca seria possível num modelo com motor de combustão de ciclo alternado.