Este vai ser um ano fundamental na história da Bugatti, o construtor de hiperdesportivos mais reputado do Grupo alemão Volkswagen, que tem a fábrica e sede em Molsheim, em França. Não só é em 2024 que termina a produção do Chiron, o único modelo que a marca comercializa, por valores que oscilam entre 2,5 e 11 milhões de euros (antes de impostos), como paira no ar a dúvida sobre a capacidade do sucessor do Chiron, que também será apresentado em 2024, se manter à frente da concorrência em potência, sofisticação e nobreza da mecânica.

412 km/h. Rimac é o eléctrico de série mais veloz do mundo

Para complicar ainda mais todas estas dúvidas, a prestigiada marca está numa fase de mudar de direcção e até de proprietário, uma vez que o Grupo Volkswagen decidiu entregar a gestão ao croata Mate Rimac, fundador da Rimac que produz o Nevera, com 1914 cv e que se assume como o líder dos hiperdesportivos eléctricos. Os 412 km/h de velocidade máxima, associados aos 0-100 km/h em somente 1,81 segundos, graças a uma bateria com 120 kWh de capacidade, provam isso mesmo.

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É oficial: Bugatti junta-se à Rimac, mas é esta que manda

O grupo germânico, que necessita da Rimac para ter acesso a tudo o que é tecnologia eléctrica avançada, dos sistemas a 800V às transmissões de duas velocidades, como as que surgem no Taycan (entre outros modelos do grupo), além de tecnologia para baterias mais avançadas e sistema de gestão de energia mais eficientes, fomentou a junção de ambos os construtores na Bugatti Rimac, de que o Grupo Rimac detém 55%, com o Grupo VW, através da Porsche, a deter os restantes 45%.

Bugatti W16 Mistral é o Chiron roadster que faltava

Não há ainda muitas informações sobre o sucessor do Chiron, além de que será um coupé hiperdesportivo, fabricado em Molsheim e que não vai recorrer ao motor W16 com 8 litros de capacidade, soprado por quatro turbocompressores para debitar 1500 ou 1600 cv, consoante as versões. É Mate Rimac que vai avançando alguns dados, como a apresentação do novo modelo estar agendada para meados de 2024, bem como o facto de a mecânica ser “altamente electrificada”, não revelando contudo se recorre aos V12 da Lamborghini ou aos V8 do grupo. Tudo isto enquanto a equipa da Rimac continua a desenvolver o Bugatti eléctrico, que será francês no estilo, mas croata na tecnologia, como os restantes eléctricos do grupo germânico.