O Ministério da Justiça russo anunciou esta sexta-feira ter solicitado a proibição do “movimento internacional LGBT” por extremismo e que foi entretanto marcada para 30 deste mês uma audiência no Supremo Tribunal para o efeito.
Numa breve declaração, o ministério não especifica se o alvo é o movimento que defende os direitos das minorias de identidade de género e orientação sexual em geral, ou se é uma ou mais organizações específicas, estando a medida a ser vista como o mais recente golpe contra a comunidade LGBTQ num país cada vez mais conservador.
Na declaração, o Ministério afirmou que as autoridades identificaram “sinais e manifestações de natureza extremista” nas “atividades do movimento LGBT ativo” na Rússia, incluindo o “incitamento à discórdia social e religiosa”.
Por esclarecer está também se o rótulo de “extremista” implicará exatamente o mesmo para as pessoas LGBTQ na Rússia, no caso de o Supremo Tribunal dar razão ao Ministério da Justiça.
Mas a medida representa, por si só, comenta a agência noticiosa Associated Press (AP), o mais recente e, de longe, o mais drástico passo na repressão dos direitos dos homossexuais na Rússia.
A repressão dura há uma década e foi desencadeada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, que colocou os “valores tradicionais da família” na base do seu governo.