A Mercedes constituiu uma joint venture com a rival e conterrânea BMW com o objectivo de construir e explorar uma rede de postos de carga rápida, que o construtor anuncia como sendo de alta potência, sem revelar contudo o máximo de potência a fornecer. O projecto destes dois fabricantes germânicos visa colocar à disposição dos utilizadores de veículos eléctricos uma rede com cerca de 7000 postos de carga DC, distribuídos exclusivamente pelo mercado chinês.

De acordo com a Reuters, os postos de carga serão divididos por um mínimo de 1000 estações, com os alemães a projectarem 2026 para o final da construção da rede que vão começar a inaugurar já em 2024. Contudo, a empresa aguarda ainda a aprovação do regulador chinês.

A Mercedes e a BMW não são os primeiros construtores não chineses a investir numa rede local de carregamento, uma vez que a Tesla já possui hoje 1800 estações com 10.000 Superchargers na China. E o número não pára de crescer, tendo subido globalmente 33% de 2022 para 2023.

A revelação desta joint venture com a BMW na China aconteceu poucos dias depois de a Mercedes inaugurar a sua primeira estação de carga na Europa, na Alemanha, dando continuação ao que tinha iniciado em meados de Novembro nos EUA. Este investimento da marca da estrela – que os utilizadores dos veículos a bateria da marca certamente agradecerão, bem como todos os condutores de modelos com esta tecnologia em geral – está relacionado com o plano de criar uma rede, até final de 2024, com 2000 estações de carga rápida distribuídas pelos EUA, Europa e China.

É de saudar que os construtores de automóveis decidam investir numa rede própria de postos de carregamento para veículos eléctricos, pois ainda que o investimento seja muito elevado, as vantagens para os seus clientes são evidentes, além de constituir um excelente argumento comercial. Pelo menos é assim que é encarado pelos clientes da Tesla, que já possui uma rede global com 5500 estações e mais de 50.000 Superchargers, em que mais de 10.000 estão distribuídos pelos mercados europeus.

Recorde-se que a Mercedes é um dos accionistas da Ionity, rede de postos de 350 kW que partilha com os grupos VW, BMW, Hyundai/Kia e Ford. Este consórcio teve de recorrer ao investimento da BlackRock para continuar a crescer a um ritmo mais acelerado, apesar das críticas de alguns accionistas.

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