A mais antiga fábrica de produção automóvel em Portugal está melhor que nunca, em termos de produção. Com uma força laboral composta por cerca de 900 colaboradores, que operam em três turnos, a Stellantis Mangualde fabrica uma média diária de 363 viaturas, o que lhe permitiu bater um recorde de produção, considerando apenas os primeiros 11 meses de 2023. De Janeiro a Novembro, fabricou um total de 78.541 veículos, no que constitui o seu melhor registo em 61 anos de história, ao longo dos quais já viu sair da linha um total de 24 modelos distintos, perfazendo para cima milhão e meio de veículos.

Face a 2022, este volume de produção representa um incremento de 10% e supera o anterior recorde de 77.607 veículos, alcançado em 2019. De momento, Mangualde produz furgões ligeiros das marcas Peugeot, Citroën, Opel e Fiat Professional, nas versões comerciais e de passageiros, nomeadamente o Peugeot Partner/Rifter, Citroën Berlingo Van/Berlingo, Opel Combo Cargo/Combo e Fiat Professional Doblò/Doblò. Segundo dados da Associação Automóvel de Portugal (ACAP), trata-se de uma actividade relevante para o tecido empresarial e industrial do país, pois não só representa 26,3% dos veículos produzidos em Portugal, como 95% do volume de produção tem como destino o mercado externo, favorecendo por isso no prato das exportações da balança comercial.

De acordo com o director do Centro de Produção de Mangualde da Stellantis, Christian Teixeira, o recorde agora anunciado reflecte, em parte, “um processo contínuo de modernização das instalações e a optimização do processo produtivo”, algo que está previsto ter continuidade, pois esta fábrica vai estrear-se, já no próximo ano, na produção em série das versões 100% eléctricas dos modelos a combustão que já hoje Mangualde fabrica. Ou seja, Peugeot E-Partner/E-Rifter, Citroën ë-Berlingo Van/ë-Berlingo, Opel Combo Cargo Electric e Combo Electric e as variantes comercial e de passageiros e-Doblò da Fiat Professional. Para tal, o plano “Dare Forward 2030” da Stellantis canaliza 30 milhões de euros para a fábrica portuguesa, investimento que visa igualmente tornar a produção mais sustentável, recorrendo sobretudo a energias renováveis para reduzir as emissões de dióxido de carbono.

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