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Os tempos médios de espera para doentes urgentes nos hospitais da região de Lisboa variavam às 9h30 entre as mais de 17 horas, no Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), e as 1h06, no Garcia de Orta, em Almada, e cerca de 1 hora no Hospital de São Francisco Xavier e Garcia de Orta.

De acordo com os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde, 55 doentes com pulseira amarela (urgente) encontravam-se às 9h30 desta quarta-feira no serviço de urgência geral do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), com um tempo médio de espera de 17 horas e 23 minutos, quando o tempo recomendado é de 60 minutos.

No Hospital Beatriz Ângelo encontravam-se esta quarta-feira 45 doentes urgentes, com um tempo médio de espera de 5 horas e 32 minutos. Já no Hospital de Santa Maria, o tempo médio de espera é de 7 horas e 33 minutos, estando àquela hora 23 pessoas com pulseira amarela no serviço de urgência central.

Nos hospitais São Francisco Xavier e Garcia de Orta, em Almada, o tempo de espera de doentes com pulseira amarela é de 1 hora e 30 minutos e cerca de 1 hora e 44 minutos, respetivamente. O hospital de São José e o D. Estefânia não partilham os tempos de urgência.

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Nos hospitais da região do Porto o tempo de espera é na maior parte dos casos mais baixo. No Hospital S. João, encontravam-se às 8h00 de quarta-feira 11 pessoas no serviço de urgência geral, sendo o tempo médio de espera de 2 horas e 12 minutos para doentes urgentes. Na urgência pediátrica, o tempo de espera é inferior, de cerca de 50 minutos. No Hospital Geral de Santo António é de cerca de 40 minutos.

No Pedro Hispano, em Matosinhos, o tempo de espera para doentes urgentes é de 46 minutos. No Hospital Eduardo Santos Silva, Vila Nova de Gaia, estavam à espera na urgência polivalente 21 pessoas com pulseira amarela, com um tempo de espera mais elevado, de 8 horas e 29 minutos.

Em declarações aos jornalistas, Nelson Pereira, diretor da Unidade Autónoma de Gestão Hospitalar São João, refere que o número de episódios de urgência aumentou depois do Natal, como já é habitual, aumentando a pressão sobre os profissionais de saúde. “Acresce que na terça-feira vivemos uma tolerância de ponto, o que significa que temos menos capacidade do sistema para receber doentes com queixas de agudas”, apontou.

Como habitualmente, imediatamente após o natal o número de episódios de urgência começa a crescer. Tradicionalmente, o dia 26 dezembro é o dia do ano com mais episódios de urgência. E portanto esse crescimento e aumento de pressão é esperado pelas equipas.”

Nelson Pereira explicou que se atingiu “uma fase de pico e de aceleração significativa da incidência de gripe”, sendo a Gripe A a mais prevalente este ano. “Os episódios de urgência estão a ser muito marcados por esta circunstância. A maior parte das pessoas procuram-nos com queixas respiratórias, o que se traduz numa grande pressão e em alguma dilatação do tempo de espera porque o número de doentes é mais significativo“, admite.

O diretor da Unidade Autónoma de Gestão Hospitalar São João referiu também que, de modo geral, a gravidade dos casos associados à Gripe A “não é muito significativo”, apesar de se estarem a registar casos “mais arrastados e com sintomas um pouco mais marcados”. Segundo Nelson Pereira, verificou-se esta semana um aumento do número de internamentos associados a estas infeções. “Nos últimos dez dias tivemos um crescimento de 10% relativamente ao numero de doentes internados com este tipo de casos”, indicou.

Atualizado às 9h26