O tempo médio de espera para doentes urgentes ultrapassava, às 22h00 desta quinta-feira, as 13 horas no hospital Beatriz Ângelo, em Loures, e as mais de 6 horas no Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) e São Francisco Xavier.

De acordo com os dados do Portal do Serviço Nacional de Saúde, consultados pela agência Lusa, 54 doentes com pulseira amarela (urgente) encontravam-se, às 22h00 desta quinta-feira, no serviço de urgência geral do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, com um tempo médio de espera de 13 horas e 39 minutos, quando o tempo recomendado é de 60 minutos.

Nesta unidade, oito pessoas com pulseira laranja, ou seja, doentes muito urgentes (tempo recomendado de 10 minutos) aguardavam com um tempo de espera de 4 horas e 27 minutos.

No serviço de urgência geral do hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra), o tempo médio de espera era de 6 horas e 42 minutos, estando 39 pessoas com pulseira amarela.

No São Francisco Xavier, cinco pessoas aguardavam com pulseira amarela, com um tempo de espera de 6 horas e 31 minutos, enquanto duas pessoas com pulseira laranja aguardavam com um tempo de espera estimado de 43 minutos.

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Na urgência do hospital São José, estavam 32 pessoas com pulseira amarela, com um tempo de espera de 5 horas e 21 minutos, enquanto no Santa Maria, o tempo médio de espera era de 2 horas e 45 minutos, estando 50 pessoas com pulseira amarela no serviço de urgência central.

No hospital Garcia de Orta, o tempo de espera era de 1h50 horas (17 pessoas).

Já no hospital pediátrico D. Estefânia o tempo de espera era de 2 horas e 3 minutos, encontrando-se quatro pessoas a aguardar no serviço de urgência.

Na região do Porto os tempos de espera eram substancialmente inferiores. Nos hospitais São João e Santo António, o tempo de espera era de 1 horas e 15 minutos (15 pessoas) e 1 horas e 13 minutos (4 pessoas), respetivamente.

No hospital Eduardo Santos Silva, Vila Nova de Gaia, estavam à espera na urgência polivalente 16 pessoas com pulseira amarela, com tempo de espera de 1 horas e 49 minutos, enquanto no Pedro Hispano, em Matosinhos, o tempo de espera para doentes urgentes estava dentro do tempo estimado.

A triagem de Manchester, que permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, inclui cinco níveis: emergente (pulseira vermelha), muito urgente (laranja), urgente (amarelo), pouco urgente (verde) e não urgente (azul).

Nos casos de pulseira amarela, o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).

O Ministério da Saúde adiantou, esta quinta-feira, que 42 centros de saúde estão a funcionar após às 20h00 nos dias úteis e 189 estarão abertos ao fim de semana para dar resposta a doença aguda não emergente.

Em comunicado, a tutela referiu que, numa altura de maior procura de cuidados de saúde, em resultado do aumento de infeções respiratórias e do tempo frio, que “pode descompensar a doença crónica”, os utentes devem contactar previamente a linha telefónica SNS24 (808 24 24 24) para “aconselhamento e encaminhamento para a unidade de saúde mais adequada”.