Os protestos da PSP e da GNR continuam, mas as reivindicações destes trabalhadores não deverão ser discutidas nos próximos tempos. Quem o diz é José Luís Carneiro, ministro da Administração Interna: “Estamos a entrar agora num governo de gestão e não temos agora condições e instrumentos para dar resposta a muitas das questões”.

Em resposta aos jornalistas, a propósito de uma visita à Escola Prática da GNR, em Queluz, José Luís Carneiro, mais uma vez, não comentou os protestos que têm sido feitos a nível nacional pelas forças de segurança, que reivindicam um suplemento semelhante ao que foi aprovado no final do ano passado para a Polícia Judiciária.

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“O Governo não tem condições para assumir novos compromissos. Esses compromissos têm de ser assumidos agora no quadro da campanha eleitoral e no programa eleitoral dos diferentes partidos. Depois, o Governo que vier a assumir responsabilidades no futuro é que poderá assumir novos compromissos“, explicou o ministro da Administração Interna, esta sexta-feira.

À semelhança daquilo que tem vindo a acontecer em intervenções anteriores, José Luís Carneiro tem repetido o valor dos investimentos relativos à valorização da carreira das forças policiais. “Temos para 2024 mais 180 milhões de euros de investimento para recursos humanos para as forças de segurança”, referiu esta sexta-feira de manhã, acrescentando que, neste momento “é muito importante reconhecer aquilo que tem vindo a ser feito”.

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O protesto começou esta segunda-feira, ao final do dia, e não tem data para terminar. Ao longo da semana, os agentes da PSP e os militares da GNR começaram a declarar os carros das respetivas esquadras que apresentam problemas como inoperacionais.