A GNR deteve 63 pessoas e identificou 970 pelo crime de incêndio florestal, no âmbito da operação “Floresta Segura 2023”, que resultou em 3.292 contraordenações por queimas, falta de limpeza de terrenos e queimadas, foi hoje anunciado. Num balanço da operação “Floresta Segura 2023”, a GNR refere, em comunicado, que no ano passado foram registados 4.332 crimes de incêndio florestal.
Das 6.908 ocorrências de incêndio investigadas, as autoridades apuraram que 32% das causas correspondem ao uso de fogo, 21% ao incendiarismo, 10% derivam de causas acidentais, 3% de reacendimentos, 1% de causas estruturais e 1% de causas naturais.
No âmbito da operação “Floresta Segura 2023”, foram ainda registadas 3.292 contraordenações, a maioria das quais (2.577) relacionada com a limpeza de terrenos.
A realização de queimas e fogueiras, a utilização indevida de maquinaria e equipamento, e as queimadas foram também motivo de contraordenações. A GNR realça a sinalização de 14.319 locais com ausência de gestão de combustível que deram origem a 7.901 cumprimentos voluntários quanto à limpeza de terrenos.
Da operação resultou também a realização de 7.093 ações de sensibilização, que alcançaram 116.526 pessoas e tinham como objetivo “evitar comportamentos de risco, adotar medidas de autoproteção e usar corretamente o fogo”.
A GNR dispõe de 158 câmaras que cobrem 6.300.000 hectares do território nacional, tendo guarnecido 230 postos de vigia e realizado 45.782 ações de patrulhamento ao longo do último ano. Através da plataforma eletrónica “DIVDIR”, que monitoriza todos os alertas detetados, foram emanados 1.616 alertas pela vigilância fixa, 601 por intermédio de vigilância móvel, 40 pela vigilância área e 6.174 por populares.
De acordo com a GNR, a operação “contribuiu decisivamente para uma redução significativa do número de ocorrências graves e dos impactos negativos que as mesmas podem causar na sociedade, tendo-se registado em 2023 o menor número de ocorrências de incêndio da última década”.
A operação “Floresta Segura” procura prevenir, detetar e combater os incêndios rurais, assim como reprimir atividades ilícitas para garantir a segurança das populações e a preservação do património florestal.