O jantar da primeira gala exclusivamente portuguesa para anunciar a seleção de restaurantes do Guia Michelin, que acontece no Algarve, vai ser confecionado por sete chefs coordenados por Dieter Koschina e João Oliveira, foi esta terça-feira divulgado.
Junto do chef do Vila Joya, em Albufeira, e no lugar de João Oliveira, estava primeiro confirmado Rui Silvestre, que agora sai da lista dos chefs responsáveis pelo jantar. No final de dezembro, o chef natural de Valongo deixou o Vistas, do Monte Rei Golf & Country Club, em Vila Nova de Cacela, distinguido com uma estrela desde 2019, depois de cinco anos à frente do restaurante.
Chef Rui Silvestre sai do restaurante Vistas, com uma estrela Michelin
Da equipa, esta terça-feira revelada em conferência de imprensa, realizada em Loulé, fazem assim parte Dieter Koschina (Vila Joya), João Oliveira (Vista), Hans Neuer (Ocean), José Lopes (Bon Bon), Libório Buonocore (Gusto by Heinz Beck), Louis Anjos (Al Sud) e Luís Brito (A Ver Tavira).
Como parte do programa prévio ao encontro gastronómico de 27 de fevereiro, marcado para o Palácio de Congressos NAU Salgados, em Albufeira, está previsto para o dia 6 o primeiro debate da gala, no Museu de Portimão, com os chefs José Avillez e Marlene Vieira, Lídia Monteiro, do Turismo de Portugal, Rafel Tonon, João Wengorowius e Nuno Nobre.
Ainda antes, no dia 27 de janeiro, está prevista uma ação nos mercados de Loulé dinamizada pelo chef Luís Brito, que ensinará aos participantes como fazer compras no mercado para desenvolver uma receita e criar um prato com produtos locais.
Na conferência de imprensa, o presidente do Turismo do Algarve agradeceu aos chefs que aceitaram o desafio e sublinhou que este “é mais um momento muito importante que vem realçar a importância da gastronomia em toda a promoção turística, não só regional, nacional, mas também internacional“.
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André Gomes destacou ainda a oportunidade de divulgar os produtos endógenos da região, assim como as suas infraestruturas turísticas, enaltecendo o entusiasmo em acolher o evento.
“Será para nós um privilégio e saberemos bem receber, com a nossa hospitalidade”, concluiu.
O Guia Michelin lançará também uma campanha de comunicação sob o lema “Algarve, o Sabor do Sul da Europa”, centrada em três elementos fundamentais das influências da gastronomia algarvia: a serra, o mar e a ria.
A campanha, que envolverá a comunidade de chefs, celebridades e o público em geral, será lançada na imprensa digital e convencional, com uma série de formatos e conteúdos específicos.
A primeira gala exclusivamente portuguesa para anunciar a seleção de restaurantes do Guia Michelin vai realizar-se em Albufeira, no Algarve, com um jantar para 500 convidados.
Esta será a primeira vez que o Guia Michelin tem uma edição exclusiva para Portugal, sendo que desde 2009 cada edição era apresentada numa cerimónia ibérica, quase sempre numa cidade espanhola, à exceção de 2018, ano em que Lisboa acolheu o evento. Em 2022 a cidade escolhida foi Toledo, em Espanha.
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Na edição de 2023, Portugal manteve todas as distinções anteriores, acumulando um total de 31 restaurantes com uma estrela (‘cozinha de grande nível, compensa parar’) e sete com duas estrelas (‘cozinha excelente, vale a pena o desvio’). Entraram para o guia cinco novos restaurantes com uma estrela.
Nenhum restaurante português tem a distinção máxima (três estrelas, ‘uma cozinha única, justifica a viagem’).
O guia de 2023 reúne um total de 1.401 restaurantes em Espanha, Portugal e Andorra, incluindo 13 com três estrelas, 41 com duas estrelas e 235 com uma estrela, além de 831 recomendados pela sua qualidade (135 novos, 15 em Portugal).
Criado no início do século XX para ajudar os viajantes nas suas deslocações, o Guia Michelin é hoje considerado uma referência mundial na qualificação de restaurantes, estando presente em 40 países. Portugal entrou no roteiro em 1910.