A China registou 424 milhões de entradas e saídas através das fronteiras em 2023, o que representa 67% do volume registado em 2019, último ano antes da pandemia, indicam dados oficiais divulgados esta quinta-feira.

O número inclui as entradas e saídas de 206 milhões de cidadãos chineses, 183 milhões de residentes de Hong Kong, Macau e Taiwan e 35,5 milhões de estrangeiros, disse a Administração Nacional de Imigração chinesa.

O número total de entradas e saídas representa um aumento de 266,5%, em relação a 2022, quando ainda estava em vigor a política “zero Covid”, que fechou as fronteiras ao turismo e impôs quarentenas rigorosas para todos os viajantes que entrassem em território chinês.

Em 2023, as autoridades chinesas emitiram 18,4 milhões de passaportes, um aumento de 1625,4%, em relação a 2022, quando a emissão de passaportes foi restringida pela estratégia “zero Covid”.

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As restrições durante a pandemia estenderam-se ao tráfego aéreo: em 2019, as ligações aéreas internacionais da China completaram 139 milhões de viagens, um número que caiu 97%, para 3,05 milhões, em 2021, e 3,6 milhões, em 2022, de acordo com dados da Administração da Aviação Civil chinesa.

A escassez de ligações à segunda maior economia do mundo e os entraves burocráticos e sanitários à entrada de viajantes fizeram subir os preços dos bilhetes para milhares de euros por unidade.

Numa altura em que a recuperação pós-pandémica da economia chinesa parece ter abrandado e o investimento estrangeiro diminuído, o governo chinês publicou, em setembro, medidas para impulsionar o turismo estrangeiro, como a simplificação dos pedidos de visto, o aumento do número de rotas aéreas e a melhoria do acesso dos estrangeiros aos sistemas de pagamento eletrónico, omnipresentes no país.

No final de novembro, o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês anunciou também, de surpresa, que os cidadãos de França, Alemanha, Itália, Países Baixos, Espanha e Malásia não vão precisar de vistos para entrar no país este ano, eliminando uma das principais razões pelas quais o turismo estrangeiro ainda não recuperou, de acordo com especialistas locais.