Pelo menos 20 pessoas morreram esta segunda-feira num aluimento de terras que soterrou 47 na província de Yunnan, no sudoeste da China, informou a televisão estatal CCTV.
A televisão estatal CCTV confirmou que o incidente fez 20 mortos e que três pessoas foram salvas pelas equipas de resgate. Há ainda 24 desaparecidas. Mais cedo nesta terça-feira a agência de notícias oficial Xinhua tinha avançado com a notícia de que o número de mortes confirmadas havia subido de duas para onze.
Mais de 200 militares foram já destacados para operações de resgate, que prosseguem depois de terem sido retiradas mais de duzentas pessoas da zona.
A landslide in #China's Yunnan province on Monday buried 47 people, killing at least two and forcing the evacuation of 200 amid freezing temperatures and falling snow.pic.twitter.com/Gfc7Zd2K3K
— Volcaholic ???? (@volcaholic1) January 22, 2024
O incidente ocorreu às 05h51 de segunda-feira (21h51 de domingo em Lisboa) na vila de Zhenxiong, situada no norte da região, e afetou cerca de 18 casas na zona baixa entre duas montanhas.
“Estávamos a dormir nessa altura, era de manhã cedo e ainda estava escuro. De repente, ouviu-se um ruído forte e o chão tremeu. Parecia um grande terramoto”, disse um residente local, citado pelo jornal local Jimu News.
A região registou uma forte queda de neve durante a noite de domingo e, embora a intensidade seja menor, a precipitação ainda não diminuiu, com temperaturas a rondar os zero graus Celsius.
O estado das estradas que conduzem à zona afetada, congeladas ao amanhecer, está a dificultar os esforços de socorro, disse um funcionário do gabinete local de gestão de catástrofes.
No rescaldo, as autoridades de Yunnan ativaram o nível três do protocolo de resposta a emergências e enviaram para a zona uma dúzia de escavadoras e 33 carros de bombeiros.
O Presidente chinês, Xi Jinping, apelou para um “esforço total” para procurar e resgatar as pessoas soterradas, disse a agência de notícias oficial Xinhua.
O aluimento de terras ocorreu pouco mais de um mês depois de o terramoto mais forte dos últimos anos ter atingido o noroeste da China, numa região remota entre as províncias de Gansu e Qinghai. Pelo menos 149 pessoas morreram no terramoto de magnitude 6,2 na escala de Ritcher, registado a 18 de dezembro.
Cerca de mil pessoas ficaram feridas e mais de 14 mil casas foram destruídas, na sequência do sismo mais mortífero dos últimos nove anos na China.
*Texto atualizado às 11h03 do dia 23 de janeiro com o número de mortos e o número de pessoas desaparecidas.