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Quatro membros do grupo Greenpeace escalaram esta quarta-feira a fachada de vidro do museu espanhol Rainha Sofia, em Madrid, e penduraram uma faixa com o retrato de uma criança palestiniana a chorar, num apelo a um cessar-fogo “permanente e incondicional” na Faixa de Gaza.
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ALTO EL FUEGO EN GAZA YA
Escalamos la fachada del Museo Reina Sofía para desplegar una obra gigante del artista OBEY.
La imagen, de casi 60 m2, adapta una foto tomada en Gaza por el reportero palestino Belal Khaled con un mensaje:
¿NOS ESTÁIS OYENDO? pic.twitter.com/EAc7STie9R— Greenpeace España (@greenpeace_esp) January 24, 2024
A faixa foi criada pelo artista norte-americano Shepard Fairey e tem por base uma fotografia captada a 8 de novembro do ano passado pelo fotojornalista palestiniano Belal Khaled. Mostra uma criança, com um rasto de sangue a escorrer do rosto, sob o qual se sobrepõe um sinal de “silenciar”. Por baixo, a frase: “Conseguem ouvir-nos?”
“Apelamos à entrada massiva e contínua de ajuda humanitária em Gaza. Apelamos a libertação de todas as pessoas detidas ilegalmente e arbitrariamente. Apelamos uma paz justa e duradoura, que respeite o direito internacional”, enumerou um dos participantes da ação num vídeo captado quando estava pendurado na fachada do museu.
O museu anunciou entretanto que chegou a acordo com a Greenpeace para a retirada da faixa, que o grupo ambientalista quer doar ao Rainha Sofia. “A intenção com esta ação é doar uma obra de arte ao museu“, confirmou na manhã desta terça-feira o diretor Manuel Segade ao jornal espanhol ABC.
Segade lembrou que está em causa “uma questão de programação num museu público, sem ter passado por qualquer filtro”. “Explicámos-lhes que há, obviamente, canais muito, muito claros para doar uma peça a um museu público e que, neste caso, passam por um comité de aquisições e por algumas análises que são feitas antecipadamente sobre a obra que é enviada”, acrescentou.
Em declarações ao ABC, a diretora das campanhas do Greenpeace disse que a ação faz parte de uma iniciativa chamada “Unmute Gaza”, em que vários artistas adaptam imagens captadas por fotojornalistas palestinianos que retratam diariamente o conflito. Sagrario Monedero disse que o grupo escolheu o Museu Rainha Sofia porque “é mundialmente famoso por albergar as obras mais icónicas contra o horror das guerras, como a Guernica de Picasso.”