Luís Montenegro reagiu de forma particularmente dura aos mais recentes protestos organizados pelas forças de segurança. Lembrando que “num Estado de Direito ninguém está acima da lei”, Montenegro sublinhou que “os agentes das forças de segurança, que têm como missão essencial justamente cumprir a lei, fazê-la respeitar e garantir a segurança dos cidadãos, não podem perder a razão mesmo quando têm razão por aquilo que estão a perder”. “Espero que terminem as ameaças e haja bom senso”, apelou.

O líder do PSD sugeriu ainda — de forma indireta — que o Chega pode estar na origem destes protestos das forças de segurança. “Espero também que não haja forças políticas extremistas e populistas a estimularem este tipo de excessos. A segurança dos cidadãos é demasiado importante para que os partidos se ponham a brincar com o fogo.”

O presidente do PSD disse esperar que o Governo “tenha capacidade de diálogo” para travar o protesto das forças de segurança, considerando que a situação é “muito grave” e o executivo socialista “é o principal responsável”. “Espero que o Governo tenha capacidade de diálogo para suster esta escalada, que não é boa para ninguém. Não é boa para os cidadãos e também não é boa para quem está a protestar”, afirmou hoje Luís Montenegro.

Na sua opinião, “o que se passa nas forças de segurança é muito grave e não pode ser silenciado”. “O Governo é o primeiro e o maior responsável. Criou uma desigualdade enorme com o aumento de suplemento de missão à Polícia Judiciária, face à situação que se vive na Polícia de Segurança Pública (PSP) e na Guarda Nacional Republicana (GNR). Um erro que não explicou nem justificou, numa postura de arrogância, de silêncio e de indiferença. Um erro imperdoável”, disse.

Nas declarações aos jornalistas, considerou que a reação dos agentes da PSP e da GNR “é legítima e é justificada”, mas o “erro imperdoável do Governo não dá o direito aos agentes das forças de segurança de violarem a lei, de criarem indisciplina e de provocarem um sentimento de insegurança nas populações”.

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