O antigo Presidente norte-americano, Donald Trump, afirmou este sábado que, no passado, disse a um líder de um Estado-membro da NATO que encorajaria países como a Rússia a invadir o seu país se este não pagasse as contribuições devidas para a Aliança Atlântica.

Num comício na Carolina do Sul, o novamente candidato à presidência dos Estados Unidos recordou uma conversa que teve num encontro no passado com líderes dos Estados-membros da NATO em que um responsável de “um grande país” lhe perguntou o que faria se a Rússia invadisse o seu país numa altura em que não estivesse a cumprir as suas obrigações financeiras para com a Aliança. “Eu disse: ‘Não pagaste, seu delinquente? Não, não vos protegeria. Na verdade, até os encorajaria a fazer o que quisessem. Vocês têm de pagar.”

A questão da contribuição financeira dos países da NATO foi um tema delicado durante a presidência de Donald Trump, com o antigo Presidente a exigir que todos os Estados-membros cumprissem o compromisso de gastar o equivalente a 2% do seu PIB na Defesa. A situação alterou-se entretanto, desde a invasão da Rússia à Ucrânia em fevereiro de 2022, com vários países a aumentarem as suas contribuições.

As declarações de Trump de que não só não auxiliaria um país invadido como “encorajaria” o adversário equivale a uma violação do Tratado da Aliança Atlântica, cujo Artigo 5.º prevê que uma invasão a um Estado-membro é como uma violação a todos.

Ainda no mesmo comício, o ex-Presidente norte-americano, que durante a primeira campanha vitoriosa à Casa Branca prometeu construir um muro entre os EUA e o México, garantiu que a deportação de migrantes será uma das prioridades caso volte a liderar o país.

“A partir do primeiro dia, vou pôr fim a todas as políticas de fronteiras abertas da administração Biden e vamos lançar a maior operação de deportação da história dos Estados Unidos. Não temos escolha”, afirmou.

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