A representante republicana Marjorie Taylor Greene considerou esta quarta-feira que o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico “se devia preocupar com o país dele”, na sequência de um artigo de opinião em que David Cameron apelou a que o Congresso aprove o pacote de apoio à Ucrânia.

No artigo, escrito esta quarta-feira no The Hill — uma publicação sobre a atualidade política e económica do Capitólio, muito popular entre empresários, lobistas e decisores em Washington  — Cameron insta os congressistas a aprovar um pacote de 88 mil milhões de euros de ajuda militar, dos quais 55,6 mil milhões irão para a Ucrânia.

Reconhecendo que está a abandonar “todas as delicadezas diplomáticas”, Cameron lembra a “tolice” de ceder a “tiranos que acreditam que podem redesenhar fronteiras à força”. E, depois de elencar como exemplos a invasão da Geórgia e a ocupação da Crimeia e do Donbass por Vladimir Putin, o ministro britânico acrescenta que não quer que se “mostre a fraqueza revelada perante Hitler” na década de 1930.

Questionada por jornalistas sobre a comparação com os “apaziguadores”, a representante Marjorie Taylor Greene não poupou nas palavras:

Eu não quero mesmo saber sobre o que David Cameron tem a dizer. Acho que são insultos mal educados, eu não gosto desse tipo de linguagem, e David Cameron tem de se preocupar é com o seu país. Para ser franca, he can kiss my ass [ndr: o equivalente a “ir-se lixar” ou “ir bugiar”).”

Greene aponta também que “Cameron devia era estar preocupado com os nazis no exército ucraniano, como o batalhão Azov” e sublinha que não se deixará forçar a financiar a guerra na Ucrânia devido a “insultos absurdos”, numa publicação do X.

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A polémica representante, conhecida apoiante de Donald Trump, está na linha da frente do grupo de republicanos que recusam um pacote de apoio militar para a Ucrânia. Este foi aprovado pelo Senado esta terça-feira, mas é provável que não seja aprovado na Câmara dos Representantes.

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