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Suécia anuncia apoio recorde de 633 milhões de euros à Ucrânia

Este artigo tem mais de 6 meses

A Suécia anunciou apoio à Ucrânia de 633 milhões de euros, maior valor à data, invocando "uma questão de humanidade e decência" e "consequências diretas" de uma vitória russa para a segurança do país.

epa11062664 Swedish Defense Minister Pal Jonson holds a press conference on the appointment of an investigation into personnel supply within the Armed Forces during the Society and Defense National Conference in Salen, Sweden, 07 January 2023.  EPA/PONTUS LUNDAHL  SWEDEN OUT
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"A situação na Ucrânia é difícil", reconheceu o ministro da Defesa sueco, que prometeu apoiar Kiev durante o tempo que for necessário

PONTUS LUNDAHL/EPA

"A situação na Ucrânia é difícil", reconheceu o ministro da Defesa sueco, que prometeu apoiar Kiev durante o tempo que for necessário

PONTUS LUNDAHL/EPA

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A Suécia anunciou esta terça-feira um apoio recorde à Ucrânia de 7,1 mil milhões de coroas (633 milhões de euros), alegando que se trata de “uma questão de humanidade e decência”.

“A razão pela qual continuamos a apoiar a Ucrânia é uma questão de humanidade e decência. A Rússia iniciou uma guerra ilegal, não provocada e indefensável”, disse o ministro da Defesa, Pål Jonson, em conferência de imprensa.

A maior parte desta ajuda consiste em munições de artilharia, navios de guerra, armas subaquáticas (minas e torpedos), mísseis antitanque, granadas e sistemas antiaéreos solicitados por Kiev.

Este pacote de ajuda, o 15.ºconcedido por Estocolmo desde o início da guerra, surge poucos dias antes da data simbólica de 24 de fevereiro, o segundo aniversário da invasão da Ucrânia pela Rússia.

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“A situação na Ucrânia é difícil”, disse o ministro da Defesa sueco, que prometeu apoiar Kiev durante o tempo que for necessário.

As tropas russas estão na ofensiva em grande número, enquanto o exército ucraniano carece de homens, armas, munições e a ajuda americana está congelada.

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O apoio anunciado pelo governo sueco é também essencial para garantir a segurança do país escandinavo a longo prazo, argumentou Mikael Oscarsson, do Partido Democrata Cristão (Kristdemokraterna), membro da coligação governamental, durante a conferência de imprensa.

“Haverá consequências diretas para a nossa segurança se Putin vencer” a guerra, afirmou.

A ajuda chega dias depois de a Ucrânia ter assinado acordos bilaterais de segurança com Berlim, Paris e Londres, no início deste ano, para resolver as atuais fraquezas da NATO.

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Entretanto, a Hungria, o último país da NATO a ratificar a adesão da Suécia à organização, prepara-se para a apoiar esta terça-feira, de acordo com um pedido de votação feito pelo partido no poder.

“Peço ao presidente do parlamento que inclua na ordem do dia da sessão de 26 de fevereiro a votação final do protocolo de adesão da Suécia ao Tratado da Aliança Atlântica, que pretendemos apoiar”, disse no Facebook o presidente do grupo parlamentar Fidesz, Mate Kocsis.

Após meses de atraso, o primeiro-ministro Viktor Orban já tinha dado um sinal favorável no sábado, durante o discurso sobre o Estado da Nação.

“Estamos no bom caminho para ratificar a adesão” do país nórdico “no início da sessão parlamentar da primavera”, sublinhou, referindo-se a “medidas importantes tomadas para reconstruir a confiança”.

O líder nacionalista, que se destaca na UE por manter laços estreitos com o Kremlin, há muito que dá o seu apoio de princípio à candidatura sueca, mas tem estado a arrastar os pés até agora.

Orban convidou o seu homólogo sueco, Ulf Kristersson, para uma visita à Hungria para restaurar a “confiança”, após anos de acusações de deriva autoritária em relação ao governo húngaro.

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O responsável sueco aceitou o convite, mas rejeitou a ideia de “negociações” e “exigências” no processo. Até agora, ainda não foi agendada qualquer visita.

Viktor Orban prometeu não ser o último a dar luz verde à adesão da Suécia à NATO, mas acabou por ser ultrapassado pelo parlamento turco, que a aprovou em janeiro, após 20 meses de negociações.

A Suécia anunciou a sua candidatura à NATO em maio de 2022, na sequência da invasão russa da Ucrânia, ao mesmo tempo que a Finlândia, que se tornou o 31.º membro da organização, em abril de 2023.

Os dois países vizinhos romperam assim com décadas de neutralidade pós-Segunda Guerra Mundial e, em seguida, com o não-alinhamento militar desde o fim da Guerra Fria.

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