Os vereadores eleitos do PS vão apresentar uma moção que “insta” Carlos Moedas a “comunicar ao Ministério Público a factualidade que, ao arrepio da lei, resultou num cerco de forças de segurança ao Capitólio, durante o debate” entre os líderes de PS e PSD. Inês Drummond, Pedro Anastácio e Cátia Rosas “repudiam o ocorrido” e repetem a frase que o líder do PS disse logo durante o debate: “Não se negoceia sob coação”.

A argumentação desta pressão dos socialistas — em forma de moção e à qual o Observador teve acesso — para que Moedas denuncie o ato dos polícias cita um parecer do Conselho Consultivo da PGR que diz que “são competências próprias do presidente da câmara municipal (…) ordenar alterações ao trajeto das manifestações e redução a metade do uso das faixas de rodagem por cortejos e desfiles.”

Os vereadores do PS descrevem que “segundo foi relatado pelos órgãos de comunicação social”, foi comunicado Carlos Moedas “uma concentração de elementos da PSP e da GNR na Praça do Comércio, o mesmo não tendo acontecido com o desfile que se seguiu pela Rua da Prata, Praça do Rossio e Avenida da Liberdade, com a concentração junto do Capitólio.” É, por isso, escrevem que “impõe-se que o Presidente da Câmara Municipal confirme que não lhe foi comunicado o desfile que culminou, ao arrepio da lei, com o cerco ao Capitólio, e na tentativa de intimidação e condicionamento de decisores políticos.”

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