O presidente do Partido Socialista Europeu (PES) afirmou este sábado que o primeiro-ministro demissionário, António Costa, foi “uma inspiração” para todos os socialistas nos últimos oito anos, em Portugal e na União Europeia (UE).
“Deixem-me dirigir algumas palavras ao António Costa. É o teu último congresso do PES enquanto primeiro-ministro de Portugal, funções que desempenhaste com responsabilidade e sucesso, em Portugal e na UE”, disse Stefan Löfven, no arranque do congresso do PES, em Roma (Itália), para escolher Nicolas Schmit como o candidato à presidência da Comissão Europeia.
“Para nós, para todos os democratas, serás sempre uma inspiração”, acrescentou o antigo primeiro-ministro da Suécia, acrescentando “obrigado, António” em português.
Os delegados e representantes socialistas aplaudiram António Costa, que estava sentado ao lado do homólogo espanhol, Pedro Sánchez.
“Estou certo de que nos vamos voltar a cruzar nas nossas lutas”, completou Stefan Löfven.
O presidente do PES também criticou o que diz ser a incapacidade do Partido Popular Europeu (PPE) de estabelecer “linhas vermelhas” com a extrema-direita.
“É habitual dizer que as eleições são sempre as mais importantes, mas estas são as mais importantes dos últimos 40 anos […]. Há uns meses, aqui, em Roma, manifestantes de extrema-direita fizeram com orgulho a saudação fascista. O facto de a primeira-ministra ser incapaz de condenar aquele comício fascista é vergonhoso. Deixem-me ser claro: nunca vamos cooperar com os Conservadores e Reformistas Europeus, com o Vox [Espanha], a AfD [Alternativa para a Alemanha] ou quaisquer extremistas”, completou.