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Acidentalmente, um padre em Tenerife mandou pintar frescos com 300 anos de uma igreja. Mas já pediu desculpas

Este artigo tem mais de 6 meses

Os frescos eram património histórico e estavam protegidos atrás de uma leve camada de tinta removível. O padre não sabia e mandou raspar as paredes. Agora, está a ser condenado pela comunidade local.

A Igreja de Santo António de Pádua fica no município de El Tanque, na ilha de Tenerife. Foi construída no século XVI e reconstruída no século XVII após ter ardido completamente na sequência de uma erupção vulcânica. Em 2011, a igreja passou a fazer parte do património histórico das ilhas
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A Igreja de Santo António de Pádua fica no município de El Tanque, na ilha de Tenerife. Foi construída no século XVI e reconstruída no século XVII após ter ardido completamente na sequência de uma erupção vulcânica. Em 2011, a igreja passou a fazer parte do património histórico das ilhas

Hermandad de Nuestra Señor del Buen Viaje of El Tanque/Facebook

A Igreja de Santo António de Pádua fica no município de El Tanque, na ilha de Tenerife. Foi construída no século XVI e reconstruída no século XVII após ter ardido completamente na sequência de uma erupção vulcânica. Em 2011, a igreja passou a fazer parte do património histórico das ilhas

Hermandad de Nuestra Señor del Buen Viaje of El Tanque/Facebook

Tudo não terá passado de uma tentativa de restaurar a paróquia para a Semana Santa. Héctor Lunar mandou, na semana passada, raspar e pintar as paredes da Igreja de Santo António de Pádua, em Tenerife, nas ilhas Canárias, não sabendo que, escondidos atrás de uma leve camada de tinta, estavam frescos datados de há 300 anos.

Segundo o jornal local Él Dia, de Tenerife, o padre já pediu desculpas pelo acidente. Héctor disse que desconhecia a presença das pinturas centenárias, e também não sabia que estas eram património histórico das ilhas Canárias.

A Igreja de Santo António de Pádua fica no município de El Tanque, na ilha de Tenerife. Foi construída no século XVI e reconstruída no século XVII após ter ardido completamente na sequência de uma erupção vulcânica. Em 2011, a igreja passou a fazer parte do património histórico das ilhas.

Os frescos foram descobertos há cerca de 20 anos, quando a igreja sofreu trabalhos de restauração. Na altura, os frescos foram cobertos com uma camada leve e facilmente removível de tinta protetora. Certo é que o trabalho de os esconder resultou: nem o próprio padre sabia da sua existência. Já a tarefa de proteção, acabou por sair ao lado.

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A perda do património foi alvo de críticas e forte desaprovação dos habitantes locais. A Irmandade da Nossa Senhora da Boa Viagem do município fez uma publicação na rede social Facebook, em que se pronunciou sobre o “crime cometido”: “O único responsável é Héctor Lunar Guevara.” A irmandade denunciou ainda que o pároco terá tido atitudes desrespeitosas para com a população desde que chegou ao município, há dois anos.

“Hoje caiu a gota que encheu o copo. Hoje foi cometido um CRIME contra o PATRIMÓNIO HISTÓRICO do nosso município”, pode ler-se na publicação.

“Peço desculpa às autoridades. Ninguém me disse nada sobre eles (os frescos). Se quiserem punir-me, devem fazê-lo, afinal, o erro foi meu por não me ter informado mais acerca das riquezas da Igreja de Santo António de Pádua. Tudo o que eu queria era adicionar mais uma camada de tinta para preparar a igreja para as festividades da Páscoa”, disse o padre ao Él Dia.

Héctor Lunar regressou à Venezuela, o seu país natal, após receber ameaças públicas por causa da pintura sobre os frescos.

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