As vítimas de abusos sexuais por membros da Igreja Católica são contra o método de indemnizações sugerido pelo Grupo Vita, que propõe valores diferentes dependendo da avaliação dos casos. De acordo com o Expresso, o modelo que deve ser seguido é o que foi aplicado na Suíça, em que houve um pagamento de 26 mil euros a todas as mais de 12 mil vítimas de abusos.
António Grosso, dirigente da Associação Coração Silenciado, lembrou as palavras do bispo José Ornelas que “já referiu que não se pode medir o sofrimento das vítimas” para justificar que “a Igreja não se pode estar a escalonar as indemnizações”.
Esta semana o Grupo Vita revelou que 12 pessoas avançaram com pedidos de indemnização, mas o relatório das vítimas de abusos sexuais por elementos da Igreja Católica revelou que houve, no mínimo, 4515 vítimas. O dirigente da Associação Coração Silenciado nota que as vítimas “não sabem muito o que pedir” e que “muitas nem sequer querem dinheiro da Igreja”, ainda assim considera que as autoridades podem contactar as pessoas e atribuir um valor igual para todos.