Um tribunal do Paquistão suspendeu a sentença de 14 anos de prisão do antigo primeiro-ministro Imran Khan e da mulher, mas o casal não será libertado, disseram as autoridades.

A decisão do tribunal de recurso, anunciada na segunda-feira, representa uma vitória jurídica para Khan, destituído do poder por uma moção de censura em abril de 2022, mas o casal não irá sair da prisão, por estar a cumprir penas noutros processos.

O Supremo Tribunal de Islamabade suspendeu a sentença de Khan, antigo primeiro-ministro do Paquistão (2018-2022) e da mulher, Bushra Bibi, depois de ouvir um recurso do advogado, disse o porta-voz do partido Pakistan Tehreek-e-Insaf (PTI), Zulfiqar Bukhari.

O tribunal ordenou a libertação do casal sob fiança, mas, de acordo com a legislação do país, Khan e Bibi não podem ser libertados. Bibi está a cumprir uma pena de prisão num outro caso e Khan foi condenado e sentenciado em vários casos, tendo atualmente mais de 170 processos judiciais em curso. Há cerca dois meses, Khan e a mulher foram considerados culpados de reter e vender presentes do Estado, em violação das regras governamentais.

O advogado do casal, Ali Zafar, afirmou durante a audiência de segunda-feira que Khan e a mulher não tiveram direito a um julgamento justo, argumentando que o casal não estava envolvido em qualquer delito. O tribunal voltará a julgar o caso no final deste mês.

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