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O chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, foi criticado por não condenar inequivocamente o Irão pelo ataque que o país levou a cabo contra Israel. Os partidos de direita e vários dirigentes israelitas criticaram a resposta do secretário-geral socialista espanhol, que foi obrigado a clarificar a sua posição.

“Seguimos com a máxima preocupação os acontecimentos no Médio Oriente. Há que evitar a tudo o custo uma escalada regional. Estamos em contacto permanente com as embaixadas da região, que permanecem ativas, para ajudar os espanhóis na zona”, escreveu Pedro Sánchez na sua conta pessoal do X (antigo Twitter) este sábado à noite.

Em reação, o ministro israelita da Diáspora e do Combate do Antissemitismo, Amichai Chikli, disse que a resposta equivalia a um “zero absoluto”. Por sua vez, Daniel Meron, membro do Ministério dos Negócios Estrangeiros israelita, assinalou que Pedro Sánchez se esqueceu de “condenar o ataque iraniano em Israel”.

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No domingo de manhã, após ser criticado, Pedro Sánchez clarificou a sua posição. “Após uma noite longa e angustiante em que se confirmou a escala do ataque perpetrado pelo Irão, o governo de Espanha condena-o, como condenou e condenará sempre todas as formas de violência que atentem contra a segurança e o bem-estar dos civis inocentes”, escreveu o socialista no X.

Em resposta, o líder da oposição, Alberto Núñez Feijóo, defendeu este domingo que os democratas têm de “condenar sem matizes o ataque de Irão contra Israel”. “É necessário dizer que o Irão, o grupo terrorista Hamas e outros sócios não podem ter o amparo de nenhum democracia ocidental”, prosseguiu o presidente do Partido Popular (PP), frisando que Espanha “deveria ter condenado de forma firme e determinante quando os outros países começaram [a fazê-lo] e não ser o último país da União Europeia a condenar os ataques”.

Por sua vez, o líder do Vox, Santiago Abascal, também lançou duras críticas a Pedro Sánchez: “É vergonhoso que o governo, antes de condenar os ataques do Irão, mostre a sua preocupação pela resposta israelita”.

Pedro Sánchez tem sido uma das vozes mais ativas na Europa para o reconhecimento do Estado da Palestina e tem criticado duramente as ações israelitas em Gaza.