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O partido ADN vai apresentar queixa-crime contra o ativista e dirigente do SOS Racismo Mamadou Ba, por publicações nas redes sociais em que se refere ao líder do partido, Bruno Fialho, como “reaça misógino, racista e xenófobo”.
Segundo o comunicado do partido, divulgado nesta segunda-feira, a queixa-crime contra Mamadou Ba será apresentada no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, pelos crimes de difamação e de discriminação e incitamento ao ódio e à violência.
Segundo o ADN, o ativista fez uma publicação na rede social X (antigo Twitter) a 17 de abril, na qual se referia ao partido como a “reencarnação do moribundo PDR do sulfuroso Marinho Pinto” e como “uma grupeta liderada pelo inefável Bruno Fialho, um reaça misógino, racista e xenófobo”.
A ADN, reencarnação do moribundo PDR do sulfuroso Marinho Pinto, é uma grupeta liderada pelo inefável Bruno Fialho, um reaça misógino, racista e xenófobo. A extrema direita que já contava com Rita Matias e Ossanda Liber, agora tem novo 1️⃣reforço com Joana Amaral Dias.????
— Mamadou Ba (@mbbarkere) April 17, 2024
“Mamadou Ba, ao escrever as referidas publicações supra, mentiu deliberadamente e atentou contra a honra e dignidade de Bruno Fialho, ferindo-o na sua dignidade pessoal e consideração social, pois, nem o presidente do partido nem o ADN são de extrema-direita, pelo contrário, são contra esta dicotomia de esquerda/direita que apenas divide as pessoas, e jamais iriam apelar ou concordar com ideologias ou posições racistas ou xenófobas”, defende o ADN em comunicado.
No documento, o partido acusa ainda Mamadou Ba, “dirigente de uma associação que supostamente devia lutar contra o racismo”, de promover “outro tipo de racismo, um racismo contra portugueses caucasianos”.
Mamadou Ba viu recentemente o Tribunal da Relação de Lisboa anular uma condenação em primeira instância, mandando repetir o julgamento no qual está acusado de difamação contra o militante neonazi Mário Machado, também por uma publicação nas redes sociais, nas quais apontava Mário Machado como uma das principais figuras do homicídio de Alcindo Monteiro, jovem negro assassinado por militantes de extrema-direita a 10 de junho de 1995, no Bairro Alto, em Lisboa.