A cidade italiana de Nápoles (sul) despertou este sábado com um sismo de magnitude 3,9 na escala de Richter detetado nos Campos Flégreos, uma enorme caldeira vulcânica na periferia norte da cidade, mas não causou danos na região.
O terramoto foi detetado a uma profundidade de três quilómetros no fundo do mar, ao largo da cidade de Bacoli, às 05h44 locais (04h44 em Lisboa), segundo o Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia (INGV).
O sismo foi sentido em Nápoles e os seus moradores saíram às ruas alertados, telefonando para os serviços de emergência, embora até ao momento não tenham sido registados danos.
Esta é uma área de elevada atividade sísmica: o Golfo de Nápoles está localizado entre o grande vulcão Vesúvio e os Campos Flégreos, uma caldeira com cerca de vinte crateras, muitas delas submarinas, e chamada assim pelos antigos gregos.
Somente em 15 de abril foram desencadeados 70 terramotos, a maioria desses de intensidade mínima.
Os Campos Flégreos e as cidades próximas, onde vivem meio milhão de pessoas, estão a passar por um fenómeno que aumenta o nível do solo com base no gás e magma acumulados nas profundezas (desde janeiro de 2016 o solo local, em municípios como Pozzuoli, aumentou 88 centímetros, segundo o INGV).
Já o Vesúvio, que há dois milénios, no ano 79 d.C., devastou a cidade romana de Pompeia, não regista uma erupção há exatamente oitenta anos.
Em 17 de março de 1944, após um longo período de atividade sísmica iniciada em 1914, explodiu, provocando colunas de fumo e lava, e ao fim de uma semana voltou a adormecer até aos dias de hoje, marcado por baixa atividade sísmica (continuamente controlada pelo INGV).